Da Presidente da Concelhia do PS Viseu, a deputada Lúcia Araújo da Silva, recebemos o seguinte texto que reproduzimos na íntegra:
“De acordo com as últimas noticias, da imprensa nacional, Fernando Ruas, Presidente da Câmara Municipal de Viseu tem assessores pagos pela Viseu Marca, que é uma associação de marketing territorial, sem fins lucrativos.
A agência de comunicação, que presta serviço à autarquia, a Bernayslab, pertencente a um antigo assessor parlamentar do PSD, não tem qualquer relação contratual com a autarquia. O contrato que vincula esta empresa à prestação de serviços à câmara e ao seu Presidente foi assinado em Março do ano passado com a associação Viseu Marca, contra o pagamento de 4.850 euros mensais (mais IVA). E, não fosse a Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) votar contra um relatório de avaliação de contas da referida associação, relativas a 2022, que apresentou um déficit no valor de 200 mil euros, e tudo estaria no “segredo dos Deuses”.
E, se todos defendemos que a Democracia se faz com mais Transparência em retomar ao cidadão o direito universal de acesso às informações, é em nome da construção de uma melhor democracia que a Concelhia do Partido Socialista de Viseu pede esclarecimentos ao autarca Viseense e à Viseu Marca.
A Viseu Marca antes de celebrar o contrato com a Bernayslaba auscultou outras empresas?
Se o uso dos recursos da Viseu Marca na autarquia de Viseu é sinal de boa gestão, tal como afirma o Sr. Presidente Dr. Fernando Ruas, como pode ser boa gestão se a Câmara Municipal de Viseu tem um capital social de 48% na Viseu Marca e a mesma apresentou prejuízos de 200 mil euros no ano de 2022?
Quem são os fornecedores da Viseu Marca?
Quem recebe o quê e quanto?
Perguntas que o Partido Socialista há muito colocou e o executivo e a própria Viseu Marca nunca responderam, tal como se pode constatar nas leituras das atas da Assembleia Municipal de Viseu e da Câmara Municipal, escusando-se nos estatutos da própria associação, a qual tem nos seus órgãos executivos e de direção falta de representatividade democrática.
É preciso dizer basta.
Os viseenses têm o direito à informação, sobre as decisões políticas e de interesse do seu município. Se queremos cidadãos a participar na vida pública é preciso que a informação exista e muitas vezes de acordo com as novas vivências da própria sociedade.
É o caso também, das reuniões das Assembleias Municipais ou reuniões públicas da Câmara Municipal, onde está presente, por parte do PSD, a negação à transmissão online das mesmas e, citando Dalai Lama, a falta de transparência resulta em desconfiança e um profundo sentido de insegurança.”
(Fotos DR)