O OE 2025 deu entrada na AR no prazo certo, a 10 de Outubro.
Naturalmente que os deputados da AD, que são 80, votarão a favor. Porém, não chegam.
Como toda a esquerda vota contra o OE (aguarda-se decisão do PS), a AD sempre poderá contar com os 8 da IL, o que não é certo e ainda assim nada resolveria. Ademais, no dia 9 de Outubro, Rui Rocha anunciou que a IL ” não vai votar a favor e está inclinada para voto contra”.
O Parlamento tem 230 deputados. O PSD mais o CDS (AD) têm 78+2, o PS tem 78, o Chega tem 50, o BE tem 5, o PCP tem 4, o Livre tem 4, o PAN tem 1.
André Ventura acabou há instantes de dar uma conferência de imprensa na qual acusou Luís Montenegro de “trair a direita”. Daí que o Chega vote contra o orçamento.
Ora, votando o Chega contra, no dizer de hoje, o OE só passará se os 78 deputados do PS se abstiverem. O que não é certo. Pois nem certo é que não votem contra.
Todos os partidos da oposição, sem o PS, BE, PCP, LIVRE, PAN e IL perfazem 22 votos. Se todos votarem contra, o que não é afirmativo, com a IL, temos 22 votos desfavoráveis.
O Chega com 50 a votar contra, somaria 72. Mesmo que o PS diga abster-se, perante algumas opiniões internas que são a favor da aprovação e outras que são contra, é necessária uma abstenção quase em bloco para o OE passar.
Ou seja, hoje, Ventura ao afirmar taxativamente o voto contra, deixa nas mãos do PS a sua viabilização.
Vamos aguardar para ver…