Dia Internacional da Mulher: Voz feminina pesa 48,1% das participações registadas no Portal da Queixa

As mulheres protagonizaram 48.1% das reclamações registadas, no ano passado, no Portal da Queixa. Em 2024, o público feminino foi a voz de mais de 100 mil reclamações publicadas na plataforma. Reclamam, sobretudo, da má qualidade do serviço prestado pelas marcas e dos atrasos nas entregas das encomendas. São as consumidoras mais jovens que reclamam mais (menos de 34 anos), residentes nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.

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  • 13:44 | Sexta-feira, 07 de Março de 2025
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Mas afinal do que reclamam mais as mulheres e qual o alvo? Quais os principais motivos de insatisfação? As perguntas foram o ponto de partida para uma análise ao comportamento das consumidoras portuguesas no Portal da Queixa, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março.

Segundo os dados analisados, no ano passado, as consumidoras foram responsáveis por 48.1% das queixas geradas. Em 2024, apresentaram 107.867 reclamações dirigidas a várias marcas e entidades.

Sobre os principais motivos das reclamações assinadas no feminino, a análise mostra que são: a má qualidade do serviço prestado pela marca ou entidade (a gerar 22% dos casos) e os atrasos na entrega das encomendas (14%). A motivar a mesma fatia de ocorrências (14%), estão os relatos de possíveis burlas em diversos setores.


Em quarto lugar, queixam-se de problemas no apoio ao cliente (9%), onde relatam a ineficácia ou inexistência de suporte na resolução de diversos problemas e, em quinto, os enganos (de vários operadores ligados à jornada de compra) motivaram 7% dos casos registados.

No rol das contestações estão ainda motivos como: produto com defeito, más condições de entrega do produto, assistência técnica e a garantia dos artigos.

 

Setores na mira das reclamações delas

Relativamente aos alvos das reclamações, os dados demonstram que são dirigidas, sobretudo, a marcas e entidades relacionadas com cinco setores de atividade: Correio, Transporte e Logística (17%); Serviços e Administração Pública (9%); Compras, Moda e Joalharia (9%); Comunicações, TV e Media (8%) e Banca, Pagamentos e Investimentos (6%). 

No que se refere ao perfil da consumidora que regista mais reclamações no Portal da Queixa, os dados aferiram que há uma alta incidência de reclamações entre as consumidoras mais jovens, com 39% das queixas apresentadas por pessoas com menos de 34 anos. As mulheres com mais de 65 anos, são as que menos reclamam (4%).

Relativamente aos distritos com maior representação feminina nas reclamações publicadas, em 2024, foram: Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.

O estudo indica que, apesar de 59% das reclamações terem sido resolvidas, a satisfação das consumidoras continua baixa, com uma avaliação média de 3,8/10, o que indica que as soluções apresentadas nem sempre correspondem às expectativas das clientes.

 

Ascensão da voz feminina no Portal da Queixa

Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa, afirma: “Este estudo foi realizado no âmbito do Dia Internacional da Mulher e pretende, assim, reforçar que a equidade na participação é um reflexo da evolução social e da crescente voz ativa das mulheres. Continuamos a assistir à ascensão da voz feminina na nossa plataforma, com quase metade das reclamações a serem feitas por mulheres, durante o ano passado. De 2023 para 2024, observou-se ainda um crescimento no número de ocorrências protagonizadas por mulheres.”

 

 

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