“Devolver o Douro aos Pequenos e Médios Viticultores” – Candidatura à Casa do Douro

A candidatura “Devolver o Douro aos Pequenos e Médios Viticultores” é expressão das aspirações democráticas de quem produz no Douro Vinhateiro, sob o domínio das casas exportadoras e de um mercado que, favorecendo o comércio, arruína milhares de pequenos e médios viticultores.

Tópico(s) Artigo

  • 12:54 | Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024
  • Ler em 3 minutos

No passado dia 12 de Novembro foram entregues listas candidatas aos órgãos da Casa do Douro. Tratou-se de uma data importante, pois colocou os viticultores durienses mais próximos de ver justiça ser feita, através da restauração da Casa do Douro como associação pública e da consequente devolução de um importante património à região.

A candidatura “Devolver o Douro aos Pequenos e Médios Viticultores” é expressão das aspirações democráticas de quem produz no Douro Vinhateiro, sob o domínio das casas exportadoras e de um mercado que, favorecendo o comércio, arruína milhares de pequenos e médios viticultores.

É nesse contexto que se criou um grande movimento de viticultores, que se está a ampliar, em defesa de uma Casa do Douro forte que defenda os verdadeiros interesses de todos aqueles que dão vida a esta região, Património da Humanidade.


Com listas apresentadas à Direção da Casa do Douro, que integra como candidatos efetivos Sérgio Soares, Manuela Alves e Rui Tadeu  e ao Conselho Regional de Viticultores em Alijó (cujo primeiro candidato é Sociedade Agrícola Quinta de Sta Eugénia Lda), Armamar (João de Deus Alves Eiriz Pego), Carrazeda de Ansiães (Pedro Luís Morgado Correia), Mesão Frio (Manuel da Conceição Pereira), Murça (Manuel Pereira Ribeiro), Peso da Régua (herdeiros de Arminda da Conceição), Sabrosa (Isabel Teixeira dos Santos), Santa Marta de Penaguião (Hélder Dinarte Sineiro Libório), Tabuaço (António Manuel Pinto Santos), Torre de Moncorvo (Ângelo Miguel Jorge Oliveira), Vila Flor (Rui Tadeu) e Vila Real (José António Borges Martins), num processo que envolveu cerca de quatrocentos candidatos e proponentes de toda a Região Demarcada do Douro, repetimos agora o que a todos dissemos desde o início: procuramos criar caminhos de convergência e unidade em torno da defesa de uma Casa do Douro que sirva os interesses dos pequenos e médios viticultores.

Estamos cientes das reais possibilidade de, com uma grande mobilização de viticultores nas eleições que se realizarão a 21 de Dezembro, concretizar esse objetivo.

No Manifesto, que debateram em reunião alargada no passado domingo e que será divulgado oportunamente, estas candidaturas defendem 15 prioridades para a Casa do Douro:

1.        Garantir o rendimento dos pequenos e médios viticultores, através do pagamento justo das uvas.

2.      Pugnar, junto do Governo e da UE, pela regulação da produção e do mercado do vinho.

3.      Promover e valorizar as uvas e vinhos produzidos pelos pequenos e médios viticultores, utilizando todas as taxas pagas pelos viticultores ao IVDP.

4.      Defender a utilização de aguardente proveniente da região para a fortificação dos vinhos.

5.      Proceder à inventariação e avaliação da situação patrimonial da Casa do Douro, com a entrega do património remanescente da liquidação das dívidas.

6.      Proceder ao planeamento do setor, com contratos entre compradores e produtores de uva, salvaguardando os interesses dos pequenos e médios produtores.

7.      Assumir com assertividade e impulso dinamizador as atribuições específicas plasmadas nos Estatutos da Casa do Douro e refender a retoma dos poderes históricos da Casa do Douro, designadamente os da gestão do cadastro, da indicação do quantitativo global do benefício, da regulação dos preços e da situação no mercado.

8.      Promover que a embalagem e rotulamento do vinho do Porto, vinhos DOC, DOP e aguardentes sejam feitas na Região Demarcada do Douro.

9.      Combater a ideia de que o arranque de vinha é solução para a crise no setor.

10.   Implementar o programa VITIS atribuindo majoração aos pequenos e médios viticultores e no caso da preservação de vinhas tradicionais e suas estruturas conexas.

11.     Valorizar o papel das mulheres viticultoras durienses.

12.    Estabelecer parcerias com a academia (UTAD, IPB, IPV, BI), criando sinergias nos domínios da investigação e da extensão à comunidade.

13.    Defender, para a região duriense, políticas publicas com vista ao seu desenvolvimento, em particular investimento público e serviços públicos de qualidade.

14.   Intervir junto do Governo e das Seguradoras para garantir segurança do investimento e da produção, protegendo os vitivinicultores.

15.    Conferir dignidade à sede da Casa do Douro, património da lavoura Duriense.

 

A candidatura “Devolver o Douro aos Pequenos e Médios Viticultores”, que assentará a sua ação eleitoral no contacto direto com os produtores da região, realizará um comício de abertura de campanha eleitoral no próximo dia 8 de Dezembro, às 15h, em Peso da Régua (local a divulgar).

 

Pela Candidatura “Devolver o Douro aos Pequenos e Médios Viticultores”

 

Sérgio Soares

Manuela Alves

Rui Tadeu

 

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Última Hora