A boa notícia é que a PGR, Lucília Gago, cessa funções daqui a um mês.
A passagem pelo cargo, desta magistrada designada pelo poder político com o aval do presidente da República, tem vindo a ser marcada por polémicas sucessivas dando a impressão que aquela “casa”, que é um dos pilares de um Estado de Direito, andou ao “deus-dará” demasiado tempo.
Com um parágrafo “assassino”, pela sua pessoa lavrado, criou as condições para a queda de um Governo maioritário democraticamente eleito.
Ainda hoje não sabemos de que acusações foi alvo (a abater) António Costa.
Infelizmente, a controvérsia não ficou por aqui. No caso da Madeira, que após um portentoso espalhafato, com arguidos feitos prisioneiros, inauditamente, por duas dezenas de dias para depois serem libertados, também esta intervenção deu em nada.
Aliás, foram mais os casos em que depois de um grande espalhafato mediático, nada de concreto e de culpabilizável se encontrou, do que o contrário.
Entretanto, este, depois do caso, ainda por esclarecer, das “gémeas brasileiras”, que envolveu directamento o seu filho Nuno, parece andar numa aparente deriva, a correr cansado atrás de Luís Montenegro, o primeiro-ministro da sua cor e família política, que, cada vez mais, parece não lhe outorgar alguma importância, quiçá respeito.
Enquanto não forem apanhados estes criminosos e severamente punidos, a trágica saga continuará. Podem dizer que são “pobres-diabos” pagos por oculta mão para perpetrar o crime… mas, encontrada a mão não se consegue chegar à cabeça?
Outra má notícia, com a qual os social-democratas alinhados exultam, é a da indigitação da “passista” Maria Luís Albuquerque, a “miss swaps e miss Arrows Global” para o cargo de comissária europeia, esquecendo, entre outros, os mil e oitocentos milhões de euros que essas “swaps” custaram a Portugal.
A memória curta dos portugueses permite tudo e o seu contrário. Os decisores políticos contam com esse factor. Eventualmente, Luís Montenegro não encontrou melhor, ou então, mais gravemente, é um admirador de “miss swaps”.
Demos tempo ao tempo…