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Paulo Neto
Na véspera da dead line para entrega das listas dos candidatos às autárquicas de 26 de Setembro próximo, há partidos que ainda e ciosamente, até à última, evitam tornar públicos os nomes dos seus putativos e promitentes autarcas, para lá dos inevitáveis cabeças de lista. Vá-se lá a saber porquê…
E daí, no entreacto e por entre os sopros cálidos do mistral e a agreste nortada, sussurram-se augúrios, murmuram-se auspícios, marulham-se vaticínios (não esqueçamos o abraço atlântico…).
Nos mentideros ociosos e ansiosos ouvem-se os possíveis e plausíveis nomes da lista do PSD Viseu.
Fernando Ruas, João Paulo Gouveia, Mara Almeida, Leonor Barata, Pedro Miguel Ribeiro e Guilherme Almeida.
A serem estes os seis primeiros, temos três impenitentes políticos e três à política recém-chegados. Ruas coadjuvado por Gouveia e Almeida é um terceto que não lembra ao diabo. Sapos que até as “vacas sagradas” eventualmente têm que engolir…
João Paulo Gouveia que tudo fez para ter a “pole position” nesta corrida, laboriosa e afanosamente adjuvado por Guilherme Almeida, quedar-se-á em segundo (será que Ruas, caso vença, se retira deixando-lhe o lugar?), conseguindo firmar ainda o seu lugar-tenente na cauda do pelotão. Uma lança em África, convenhamos…
A terceira da lista será uma empresária, ao que pensamos da área das tecnologias, a quarta é coreógrafa no Teatro Viriato, o quinto é presidente de um agrupamento de escolas local. Tecnologia, cultura, ensino… bem entregues, ficando para os outros três a gestão política da autarquia.
De estranhar é o deputado Pedro Alves, presidente da distrital, não ser o número dois. Diz-se que recusou. Será?
Do principal opositor ao PSD, o PS, capitaneado por João Azevedo, se crê saber que para além dele, está Marta Rodrigues, do IEFP, Miguel Pipa, consultor, José Chaves, PSP, Fernanda Gilvaia, professora e Vítor Oliveira, médico. Ou seja, um político, e os restantes cinco, “novos” nestas andanças, representando, respectivamente, as áreas do emprego, economia, segurança, ensino e saúde.
Ruas apostando e dependendo mais da “entourage” político-partidária; Azevedo com aposta na novidade. Estratégias…
A serem estes os candidatos dos dois principais partidos em confronto, com um saldo a pender para as “caras novas”, ainda de potencial desconhecido neste específico contexto, há previsível equilíbrio e, daí, perspectivas de uma aguerrida contenda.
Resta saber quais os programas que trazem na manga e quais as suas propostas para a gestão autárquica do quadriénio 2021/2025.
Que vençam os mais competentes, com as melhores propostas para Viseu e para os viseenses.
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