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Jéssica Ferreira
O Conselho de Ministros aprovou ontem a resolução que prorroga a declaração da situação de contingência na Área Metropolitana de Lisboa e de alerta no restante território, no âmbito da pandemia da doença Covid-19, até às 23h59m do dia 14 de setembro de 2020.
Ou seja, houve um escasso abrandamento nas medidas preventivas, provavelmente para os portugueses irem de férias e os estrangeiros, nomeadamente ingleses e espanhóis, puderem vir veranear.
Também para os emigrantes regressarem por duas ou três semanas ao país natal, ver os seus e a pátria e arejar as casas 11 meses fechadas.
Também para realizar festas, como as do Avante, políticas e polémicas à parte.
Também para as crianças, enfim, saírem de casa e brincarem.
Também para preparar o regresso às aulas, presenciais (com quais regras?) não presenciais, eis a questão.
Também para oxigenar a economia semi moribunda…
Até 14 de Setembro vamos estar todos em estado de alerta. Depois, logo se vê e ajusta de acordo com os números da DGS em matéria de vítimas.
O país, o mundo, vivem num carpe diem indefinido, afinando a cada dia que passa o dia de amanhã, monitorizando em avanços e recuos as estratégias a implementar, enquanto os cidadãos, meios atarantados, reaprendem a viver numa urgência que tenta recuperar os dias perdidos e a ciência dos dias a vir.
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