Esta frase foi enfática e recorrentemente usada por Donald Trump desde 30 de Janeiro até ao dia 10 de Março, em conferência de imprensa e quando se referia ao surto epidemiológico conhecido como Coronavírus.
“We need help now!”, é o dramático apelo de 26 de Março proferido pelo mayor de Nova Iorque, Bill de Blasio, perante o número crescente de infectados naquela cidade com 23.111 confirmados e o de mortes que se elevou a 365.
Um cidadão comum afirmava a um repórter da televisão: “Não produzimos ventiladores para salvar, preferimos as armas para matar…”. E isto a propósito de Bill de Blasio ter afirmado que, em estado de desespero, estavam a ligar dos infectados por cada ventilador. Isto na superpotência mundial mãe das tecnologias mais sofisticadas e dos armamentos mais poderosos.
Donald Trump continua centrado na economia, ele que está a ter perdas enormes com os seus hotéis, base da sua fortuna pessoal: “Vamos perder mais vidas se levarmos o país para uma recessão…”; “Morrem mais em acidentes de trânsito…”.
A recessão será a segunda maior preocupação após se ter debelado a epidemia. Mas quando a epidemia ceifa vidas a eito, os últimos números sobre os EUA previam poder ser atingidas as 80.000 mortes, neste país que é já considerado o “epicentro mundial da epidemia”, com o maior número de infectados no mundo.
O resto é o “Trump style” a disparar para todos os lados as inverdades do costume, que de 30 de Janeiro até 17 de Março, vão sofrendo uma ligeira “evolução semântica”:
“Temos tudo sob controlo”
“O coronavírus está sob controlo nos EUA”
“Não, não estou nada preocupado. Estamos a fazer um grande trabalho.”
“Estamos preparados e a fazer um grande trabalho.”
“Isto é uma pandemia…”
E finalmente, o angustiado pedido de socorro do mayor de Nova Iorque: “We need help now!”