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Paulo Neto
As ruas entupidas de Ruas, desculpem a tautologia … têm feito da circulação automóvel em Viseu um lastimável caos.
Troços cortados, indicações de “desvio” aleatórias, semáforos engasgados, filas intermináveis…
O posso quero e mando de Fernando Ruas a tentar apresentar a todo o transe alguma obra (?), a escassos onze meses das eleições autárquicas, não tendo obras de vulto a mostrar senão mandar pôr alcatrão sobre alcatrão, ou rematar obras deixadas e concebidas pelo seu antecessor, Almeida Henriques, como o Centro de Camionagem e o Mercado 2 de maio, nem sequer conseguiu ainda concluir, por exemplo, as novas instalações das Águas de Viseu, na rua do Comércio, há muito com o prazo de obra esgotado, e tão pouco iniciar a megalómana obra do Centro de Arte, sala de espectáculos com mais 1000 lugares, ou do excepcional Parque Urbano da Aguieira, há mais de uma dúzia de anos por concluir.
Promessas e “inconseguimentos” de um executivo com o prazo de validade esgotado, apático, sem ideias que se vejam, desorientado, arrastando-se penosamente nestes três anos, a juntar aos muitos outros em que o presidente Fernando Ruas foi autarca durante 24 anos, (de 1989 a 2015), compelido a sair pela Lei de Limitação de Mandatos, aproveitando para fazer um mandato como deputado do Parlamento Europeu (2014-2019), no tempo do seu amigo Passos Coelho, e ainda como deputado da Nação, 2019.
Há perpetuação. Não há renovação, não há visão, não há obra. Ponto final!
Aos idosos da sua idade, leva-os paternalmente em autocarros a merendar e dançar à Quinta da Malafaia, sem estratégias plurais, continuadas e eficazes para um envelhecimento saudável, que não uma tarde de “forró”.
Aos mais jovens, leva-os a procurar emprego nos concelhos vizinhos – quando há – por falta de oferta local.
E já agora, a propósito, com um CA do CHTV da “cor”, com uma ministra da Saúde da “cor”, para quando a concretização das promessas pelas quais muito clamou antes de Abril deste ano?
E estará para breve a conclusão dos “remendos” do IP5, como lhes chamava?
As vozes clamantes e reclamantes (e são muitas) parece terem ficado de repente afónicas. Porque será?
Nota: A fotografia foi tirada depois das 20, hora sem o movimento diurno.
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