Primeiro foi Saddam Hussein, primeiro-ministro e presidente do Iraque de 1979 a 2011. Acabou enforcado pelos iraquianos em 2011.
A seguir foi Muammar al-Gaddafi, que governou a Líbia de 1969 a 2011. Foi abatido a tiro pelos revoltosos líbios.
Ambos governaram como déspotas, deixando atrás de si regimes violentos de repressão e de terror.
Agora, foi deposto Bashar al-Assad pelos “rebeldes” sírios. Tendo sucedido a seu pai que governou a Síria por quase três décadas, foi rosto de uma ditadura temível, acusado de vários crimes de guerra e de toda a espécie de atentados aos direitos humanos. Governou mais de duas décadas. Está fugido em parte incerta, algures na Rússia. Tornou-se de aliado em pesado “incómodo” para Putin.
De uma forma ou de outra, mais ou menos evidente, foram instrumentos da geopolítica russa ou norte-americana no médio oriente.
Sabemos hoje e à distância que, no Iraque e na Líbia onde o fundamentalismo religioso impera, um quotidiano repressivo e violento sucedeu ao totalitarismo dos dois anteriores tiranos.
São três países onde a religião serve de pretexto para a maioria das lutas e das dissidências, sendo as suas riquezas naturais (ouro negro a liderar) a fonte maior de todas as discórdias.
Dos três países saíram milhões de refugiados em busca de liberdade. A Europa tem sido o continente alvo e de acolhimento. Este êxodo massivo está na origem da eclosão da xenofobia que serve de pretexto ao surgimento dos movimentos e partidos de extrema direita, cada vez mais poderosos e determinantes no xadrez político global.
Um grande caldeirão refervente atormenta o horizonte, com uma nova ordem mundial ainda não totalmente definida após a eleição de Trump. Veremos que ventos sopram dos EUA a partir de Janeiro.
A tríade Putin, Li Quiang e Trump tem nas suas mãos o futuro da humanidade. Qual será?
(Foto DR)