Pedro Santana Lopes entrou na vida da política activa mal terminou o seu curso de Direito, em Lisboa, e daí em diante, nesse longo intervalo de quase meio século, fez de tudo um pouco.
Poucos políticos devem ter um CV que se lhe assemelhe, até na efemeridade dos lugares ocupados, que em geral nem chega a aquecer. Porém, sempre em pé, mostra-se confiante no futuro e afirma” ter as qualidades necessárias para ser um bom presidente da República” e reiterou que “não há nenhum político em Portugal que tenha tanta capacidade para ser presidente da República como ele próprio.” Presunção e água benta… ou, se nós não dizemos bem de nós quem dirá?
No afã de a todos agradar e na falta de apoio da sua mais próxima família política, apesar de ter saído do PSD para em 2018 fundar um novo partido político, o Partido Aliança, de onde saiu deixando-o cair em Setembro de 2020, Santana Lopes parece agora ser receptivo ao Chega, o partido da extrema-direita portuguesa, provavelmente encontrando laços identitários com o seu líder André Ventura, ele próprio também um ex-PSD.
E assim sendo, alheio a todas as polémicas em que este partido, dia-sim, dia-não se envolve, ei-lo como prelector nas Jornadas Parlamentares do Chega, que têm como tema principal a corrupção.
Talvez depois destas jornadas, o Chega aceite PSL como seu candidato a Belém, uma vez que há a possibilidade de existirem dilectas afinidades entre os dois. De outra forma dito, poderem ser “farinha do mesmo saco.”