Portugal International School

No entanto, o Governo alheado desta realidade, tal como o anterior…. nada faz! Se pusermos os olhos em países como o Luxemburgo ou a Suíça com elevados números de imigrantes, chegamos à conclusão que as “international Schools” não foram além de meia dúzia de escolas.

Tópico(s) Artigo

  • 8:47 | Sexta-feira, 27 de Setembro de 2024
  • Ler em 3 minutos

Atualmente há muitas mudanças a acontecer na educação em Portugal. Algumas delas são anunciadas diariamente nas televisões… outras não… só as conhece quem está nas escolas.

A mudança que vos falo neste artigo é sobre uma mudança que não faz manchetes, nem aberturas de telejornais mas que a pouco e pouco está a extinguir a língua portuguesa e a nossa identidade… falo-vos da explosão de “international schools” ou em bom português das “escolas internacionais” em Portugal, e de forma simultânea das medidas governativas que irão permitir aos estrangeiros serem docentes no nosso país.

Nos últimos anos temos assistido ao licenciamento de inúmeras escolas que crescem como “cogumelos” pelo ministério da educação, no nosso território, e que ensinam em inglês e tratando a disciplina de português no seu currículo quase como uma espécie de disciplina de “cidadania”, como se fosse uma disciplina “menor” que não conta para nada.


Já conhecíamos este espírito em relação à língua portuguesa em algumas escolas estrangeiras em Portugal como por exemplo o “Instituto Espanhol” que apesar de ser propriedade do Estado espanhol, a disciplina de português é “ridicularizada” e “menosprezada” pelos alunos espanhóis e portugueses que o frequentam…Sei bem do que vos falo porque fui presidente de junta de freguesia na Cruz Quebrada Dafundo e cresci como vizinho desta escola.

O perigo da transformação do ensino privado português, se tornar quase exclusivamente direcionado para o currículo inglês, focado nos filhos de estrangeiros endinheirados e de portugueses é bem real.

A entrada de grupos estrangeiros, na educação portuguesa, está a ser uma realidade não vigiada ao nível da educação e tem sido feita com bastante displicência pelo governo português no que se refere à preservação da nossa identidade.

Há até casos, como por exemplo em Oeiras, onde as autarquias cedem instalações públicas (fundição de Oeiras) para as “Internacional Schools” vingarem e darem os primeiros passos no nosso país.

Camões e Fernando Pessoa ficam assim de dedo no ar esperando pela sua vez de falar às crianças…Será que o ministério da educação os deixará falar às elites que um poderão um dia poderão decidir políticas em Portugal?
Parece-me que não, até porque o Governo também se prepara para reconhecer aos estrangeiros capacidade para lecionar. D. João I e D. Nuno Álvares Pereira que se preparem para ter a História contada à crianças portuguesas pela versão espanhola.

O Padre António Vieira, já pintado de vermelho no seu busto em Lisboa, que se prepare para a sua vida ser contada de uma forma um pouco diferente.

Os imigrantes em Portugal já são 15% da população…as “international schools” sabem disso, existe mercado, e estão prontas para se expandir porque sabem também da inexistência de apoio do Estado português ao ensino privado nacional, atacado também por um preconceito ideológico de esquerda e recentemente até atacado por um wookismo radical.

No entanto, o Governo alheado desta realidade, tal como o anterior…. nada faz! Se pusermos os olhos em países como o Luxemburgo ou a Suíça com elevados números de imigrantes, chegamos à conclusão que as “international Schools” não foram além de meia dúzia de escolas. A preservação da sua cultura e identidade falou mais alto!
Mas em Portugal, o espírito de admirar o que vem de fora, continua apesar de termos dos melhores poetas do mundo e escritores consagrados mundialmente. Além de uma História que daria para 50 séries de topo na Netflix…

O espírito tacanho e pouco orgulhoso da nossa língua e da nossa História continua entranhado nos nossos políticos!
Camões, Pessoa, D. Nuno Álvares Pereira estarão cada vez mais de dedo no ar, à espera de falar às novas gerações…em português.

Don’t worry Camões… money talks!

Paulo Freitas do Amaral
Professor de História

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por