Pandemia, género e jovens

Outra é a nula resposta e o generalizado abandono a que foram votados os jovens que estavam para iniciar a sua vida profissional. Sem mais, viram as suas vidas suspensas.

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  • 23:31 | Quinta-feira, 10 de Junho de 2021
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A pandemia trouxe um desregulamento generalizado da forma de vida a que estávamos habituados.

O distanciamento social, o encerramento de numerosas atividades, os confinamentos trouxeram o caos às nossas mentes e modo de vida assente e aceite.

O impacto na economia e no dia a dia das pessoas foi/é enorme.


Muitas famílias viram-se privadas do mínimo essencial de um momento para o outro.

E a situação só não foi mais dramática pela rápida resposta que o sistema de proteção social deu, complementada por medidas de urgência tomadas (essencialmente moratórias de pagamentos de certos bens e de prestações de empréstimos).

De um modo geral assegurou-se a garantia de rendimentos às famílias e evitaram-se as falências e insolvências.

Agora que se aproxima o retorno a uma certa normalidade também chega o fim das moratórias, bem como da panóplia de apoios sociais ou de emergência que foram criados.
É uma situação potenciadora de graves riscos, pois pode ser acompanhada de despedimentos e falências.

Em suma, estamos perante um risco muito elevado de aumento de desemprego e de uma grave crise social.

É bom que os mecanismos de resposta social estejam preparados para a necessária proteção.

Mas há duas situações que mereceram pouca e nenhuma atenção e a que urge dar resposta adequada.

Uma é relativa à discriminação de género que a situação pandémica agravou e aprofundou.

Outra é a nula resposta e o generalizado abandono a que foram votados os jovens que estavam para iniciar a sua vida profissional. Sem mais, viram as suas vidas suspensas.

São aspetos que não podem ficar sem resposta especificamente dirigida, sob pena de gravíssima injustiça e de consequências sociais imprevisíveis.

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