Faltando menos de quatro meses para os primeiros nove helicópteros começarem a actuar, o que está previsto para 15 de Maio, parece que o Estado ainda não conseguiu alugar os 33 helicópteros para combater os fogos rurais, previstos no Dispositivo anual.
As 4 empresas que se apresentaram a concurso, lançado pela Força Aérea, apresentaram preços superiores aos máximos previstos no respectivo caderno de encargos. Daí que, no mais breve espaço de tempo possível, tenha de ser aberto novo concurso que, sendo provavelmente internacional, dado os valores em causa, não terá resultados a tempo de iniciarem as operações quando deviam.
Tendo sido anunciada como a cura de todos os males a transferência da tramitação concursal para a Força Aérea, parece que nada se aprende com as lições dos anos anteriores, e que a montanha pariu um rato. Mentes inovadoras e empreendedoras é no que dá. Nada…
Ou então, ó deuses, um bendito ajuste directo, que sabe sempre tão bem, alivia a desgraça, e agrada a tão poucos.
Mentes maquiavélicas dizem que tudo isto é intencional: os responsáveis baixam tanto os valores de adjudicação que ninguém os pode cumprir, e o ajuste directo é a solução milagrosa, mas já pensada como a única possível.
Mas eu, que não sou de intrigas, francamente, não acredito.
E a propósito do fogo, outras coisas que queimam. Os famigerados drones? Vêm ou não vêm? Chegam ou não chegam?
Por hoje, é só. No Verão, voltaremos ao assunto, ou antes, se houver motivos para tal.
(Fotos DR)