Arde o país, é preciso repensar a floresta. Continua a arder o país, é preciso averiguar responsabilidades. Mata-se um imigrante, é preciso apurar o que se passou. Faz-se uma cimeira europeia, é preciso que cada país faça o trabalho de casa. Há aldrabice no Novo Banco, é preciso uma auditoria.
Há dúvidas sobre dívidas obscenas aos bancos, é preciso chamar os caloteiros à AR. Se queremos pensar o futuro do país, é preciso contratar alguém fora do governo. Premeiam-se os administradores do banco dos prejuízos, é preciso que haja moral.
Há um sub-mundo em Odemira, é preciso tirar consequências. Somos férteis nos diagnósticos, mas desastrados nas conclusões, improdutivos nas soluções. Ficamos sempre pelas intenções, muito pelo querer, pouco pelo fazer. Às vezes, somos mal-educados. Broncos, é pouco.
É o caso recente de um tal Galamba, de uma irreverência calada a troco de um cargo, que se permitiu classificar um programa de investigação como “coisa asquerosa” e “estrume”.
Para completar a porcaria, vem o ministro da tutela dizer que o assunto está encerrado. Como se a asneira se calasse por decreto. Um governo decente e que se queira dar ao respeito, não pode ter dirigentes de tão baixo calibre. Haja regra na casa comum. Começa a ser penoso este fim de ciclo…
(Foto DR)