Marcelo Rebelo de Sousa também tem um sonho.
Nada que se aproxime da Integridade, Humanidade e Magnanimidade do que Martin Luther King, tão notavelmente, nos brindou.
O sonho do senhor Marcelo é pequenino e, até, mesquinho.
Ele sonha, desde que foi eleito, em dar posse a um governo do seu partido.
Acredito que abraçou tal desiderato por não ter vencido as Legislativas quando presidiu ao PSD.
Depois, com um Governo de maioria relativa, logo aproveitou e dissolveu a Assembleia da República logo que teve pretexto.
Tudo se lhe afigurava que o seu sonho estava ao virar da esquina.
Mas, surpresa, foi confrontado com uma maioria absoluta do PS. Foram momentos angustiantes.
No horizonte via quatro anos de governo que iam além do fim do seu segundo e último mandato. Lá se desvanecia o seu sonho.
Mas, acautelado, logo inventa um “fusível” para fazer o corte do normal curso constitucional.
Ao arrepio da letra e do espírito da Constituição resolve dizer, na posse do Governo, que as eleições tinham sido muito personalizadas e, portanto se o Primeiro Ministro abandonasse o Governo dissolveria a Assembleia da República e convocaria novamente eleições.
Nenhum eleitor português votou nesta ou naquela pessoa, antes cada um votou no Partido que era a sua opção.
Mas, adiante.
Assim foi sem surpresa que, perante o cenário de 7 de novembro, anunciou a dissolução da Assembleia da República.
Renascia o sonho
Mas os eleitores ainda se não pronunciaram. Eles saberão dizer o que querem.
E, se disserem que não querem concretizar o sonho não se preocupem Marcelo Rebelo de Sousa … dissolverá a Assembleia da República.
Não há duas sem três…
O que ele melhor sabe fazer é: dissolver e … tirar selfies.
(Foto DR)