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Rebelo Marinho
Mesmo com mais 700 milhões de euros injectados no OE/2022, a saúde vai continuar a registar défice assustador. Mesmo havendo atrasos monstruosos nos diagnósticos, nos exames, nas consultas, nas cirurgias. Mesmo continuando a haver cada vez mais doentes sem médico de família, violando o prometido. Mesmo assim, a saúde é um sorvedouro de dinheiros públicos, um buraco sem fundo, uma equação sem solução.
Mudando governos e governantes, parece ser um problema crónico, que se arrasta sem que se veja uma luz que devolva a esperança. Cada ano é pior do que o outro. Começo a pensar que o problema talvez não seja de inventariação de falhas, de identificação de necessidades ou de alocação de recursos. Talvez a questão seja de gestão da máquina, ou melhor, da falta dela.
Talvez valha a pena pensar nisso, em vez de prosseguir em políticas teimosas que, sucessivamente, não dão quaisquer resultados.
E, quem sabe, o governo deixar-se de pruridos ideológicos no que às PPP diz respeito, principalmente, quando elas demonstram melhor administração do que a confiada à esfera pública.
É que, bom e mau, há em todo o lado!
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