Montenegro 7 – Ventura 2
Daí, uma vez mais e durante o debate, quando perde as estribeiras, o que acontece a toda a hora, como se fosse um menino mimado a quem tiram o biberão, batendo no fundo, depois de achar que o PSD “é uma espécie de prostituta política”, apodou Luís Montenegro de “idiota útil” numa fanfarronice grosseira que denota o fulano falho de princípios, que tais afirmações profere.
Confesso que não sou fã nem de Luís Montenegro nem de André Ventura. Isto dito, isento do espartilho clubista, permito-me escrever duas ou três linhas sobre o debate de ontem, na RTP1, com estes dois líderes políticos.
Perante a recorrente insistência de o Chega em fazer pactos eleitorais com a AD e face à também recorrente recusa de Montenegro e Nuno Melo em fazê-los, atitudes decerto decorrentes da inconstância e crescente falta de credibilidade de André Ventura, este, apesar de se comportar como um “oferecido”, tem recebido sucessivas “negas” que não consegue assimilar e que o seu insuflado ego parece não admitir. O “não é não” de Montenegro é-lhe insuportável engulho.
Daí, uma vez mais e durante o debate, quando perde as estribeiras, o que acontece a toda a hora, como se fosse um menino mimado a quem tiram o biberão, batendo no fundo, depois de achar que o PSD “é uma espécie de prostituta política”, apodou Luís Montenegro de “idiota útil” numa fanfarronice grosseira que denota o fulano falho de princípios, que tais afirmações profere.
Ventura, deslumbrado com os resultados das sondagens, recusa-se a aceitar que ninguém o quer e com o seu transtorno de personalidade, a rejeição é-lhe inadmissível.
No debate, Montenegro mostrou-se em tudo superior a Ventura. Na postura, na argumentação, na desmistificação de clichés vazios, na evidência da irrazoabilidade das medidas do adversário, na óbvia desmistificação da sua impreparação e na denúncia do seu populismo.
E fê-lo com serenidade perante o gradual aumento do nervosismo do seu oponente. Oponente, que lembramos, teve o seu berço político no seio do partido que hoje renega e vitupera.
Aos poucos, Ventura, nestes e noutros debates, apregoa o seu vazio e a vacuidade das suas propostas. Vamos ouvi-lo hoje em confronto com Mariana Mortágua e ver também a fibra de Mariana ou, se se deixa cilindrar pelo “fala-baratismo” agressivo do contendedor.