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Um antigo colega meu dizia-me hoje que tinha ido votar antecipadamente, no domingo passado, e que tinha ficado perplexo com o grafismo do nome dos partidos, no boletim de voto.
Uns de grande dimensão, outros de minúscula dimensão, quase a fazer crer que há partidos de 2ª e de 3ª categoria.
Ou então, que este boletim de voto serve, eventual e subliminarmente, para induzir em erro votantes mais idosos e com dificuldades de visão e outros cidadãos de um país onde a iliteracia é, cada vez mais, uma realidade assustadora.
A CNE que deveria obviar a situações de cariz plurívoco, remete a “culpa” para o Tribunal Constitucional. O responsável da CNE refere ainda, quando questionado, que “os boletins de voto reproduzem sem qualquer alteração o nome com que os partidos foram registados no TC.”
E que tem isso a ver com a dimensão dos caracteres, ou com o grafismo mais enfático, ou com as maiúsculas ou bolds?
Os nomes dos partidos candidatos deveriam aparecer todos com a mesma dimensão: basta ver, por exemplo, a diferença entre a ALIANÇA DEMOCRÁTICA e a Iniciativa Liberal, entre outros, para ficarmos elucidados, sem falarmos no Partido Socialista que quase só se vislumbra de lupa empunhada…
O Tribunal Constitucional e a CNE deviam ter a sageza suficiente para obviar a situações deste cariz, que não só põem em causa a igualdade interpartidária no momento de voto, como também deixam no ar, conjecturalmente, a ideia de que há gente menos diligente, incapaz de profilacticamente prever situações equívocas deste teor.
Desta vez Ventura não se queixará, pois pertence à 1ª divisão partidária … CHEGA.
A vermelho os 8 partidos da “1ª divisão”. A verde os 7 da “2ª divisão”.
Uma sugestão para futuros partidos: Quando forem registar nome e logo optem por maiúsculas, bold e grande dimensão. Tudo ajuda, no lavar dos cestos…
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