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Em defesa do Fator de Sustentabilidade

Querer acabar com o fator de sustentabilidade será muito agradável para os candidatos à reforma, mas é a criação de um ónus para as gerações mais novas.

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    • 6:41 | Quinta-feira, 21 de Outubro de 2021
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    Está de novo na ordem do dia a discussão sobre as pensões.

    Está fora de dúvida que a generalidade das pensões em Portugal é baixa e em muitos casos não garantem o mínimo para uma vida decente.

    Mas esta é uma situação comum em vários países. Por todos, veja-se o caso da Suíça em que a grande maioria dos nossos emigrantes ali reformados opta por regressar a Portugal dado que a pensão “não dá” para ali continuar a viver.


    Em Portugal têm vindo a ser feitos esforços para melhorar a situação.

    E há quem defenda que tal melhoria deve passar pelo abandono do fator de sustentabilidade.

    Nada de mais errado.

    O fator de sustentabilidade vem trazer às pensões um ajuste que consiste num aumento da idade de reforma que está diretamente ligado à esperança média de vida.

    Quando o sistema de pensões foi desenhado a idade de reforma era de 65 anos, para uma esperança média de vida de 67/68 anos.

    Hoje a idade quase é de 67 anos para uma esperança média de vida de 82 anos.

    O fator de sustentabilidade tira “stress orçamental” às pensões, ou seja diminui o valor que é suportado para pagar pensões.

    Esta situação é menos agradável para quem está a reformar-se ou perto, mas considero ser essencial para a saúde financeira do sistema de pensões.

    Querer acabar com o fator de sustentabilidade será muito agradável para os candidatos à reforma, mas é a criação de um ónus para as gerações mais novas.

    E este cenário não é bom para ninguém, pois acarreta a insustentabilidade do sistema.

     

    (Foto DR)

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