Duques e senas tristes

Saíram do Reino Unido para preservarem a sua privacidade. Mas o que temos visto é a permanente procura de holofotes.

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  • 11:51 | Sexta-feira, 19 de Março de 2021
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Confesso ser nada monárquico, mas respeito as pessoas e países que optam por tal regime.

Vem isto a propósito da entrevista que o Príncipe Harry e esposa deram há alguns dias.

Claro que tudo o que se suscita à volta dela e repercussões familiares ganha relevo especial numa monarquia e numa família real.


Quando este casal optou por se afastar da família real e escolheu ir viver para outro país em defesa da sua intimidade achei que era uma atitude corajosa.

Depois fiquei com alguma desconfiança ao manifestarem vontade de continuar com algumas prebendas inerentes à realeza.

Seguiram-se vários “episódios” em que a reserva da vida pessoal era nula.

E agora não consigo perceber a vilania da sua atitude (ou seria mais ajustado dizer encenação?) feita na referida entrevista a que a Rainha respondeu com uma surpreendente assertividade, carinho e elevação.

A privacidade alegadamente esgrimida aquando da “separação” não se ajusta ao comportamento posterior.

A procura de ribalta tem vindo a demonstrar que não se olha a meios…

Saíram do Reino Unido para preservarem a sua privacidade. Mas o que temos visto é a permanente procura de holofotes.

Poderemos dizer que são guerras de ricos e de aristocracia, mas não pode valer tudo.

Não é bonito trazer para a praça pública questões intestinas da família.

Mas ouvindo o pai da Senhora Meghan percebemos que dizer mal da família é de … família.

A falta de pudor é tanta que não houve rebuço em quererem fazer querer que são Lady Di da atualidade.

Mostraram, sobretudo, que não existem sem ou fora da família real.

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