O debate televisivo de hora e meia transmitido a 10 de Setembro pela cadeia televisiva ABC, que opôs em Filadélfia os candidatos presidenciais Kamala Harris e Donald Trump, contou com a presença inédita de dois check facts.
E porquê? Porque ninguém ignora que a maioria das afirmações proferidas por Trump ou são falsas ou inexactas.
E de facto, no seu jeito de comediante arruaceiro, Trump que não tem argumentos consistentes e sérios para apresentar, proferiu nada menos que 33 mentiras, enquanto a Kamala Harris foi contabilizada uma.
Trump contabilizou uma média de quase 4 mentiras em cada 10 minutos de debate. É obra. Mas é também sinal dos tempos em que o acéfalo acriticismo consome “fake news” como verdades absolutas e inquestionáveis.
Também sobre a imigração, Trump referiu:
No mesmo tom, Trump foi taxativo ao responder à questão “se tinha perdido para Biden em 2020” respondendo “Não, eu não reconheço isso de forma alguma” o que levou Kamala a contrapor “Donald Trump foi despedido por 81 milhões de pessoas”.
Sobre o conflito israelo-palestiniano, Trump afirmou repetidamente que a sua opositora “odeia Israel” e que “a guerra nunca teria acontecido se ele fosse presidente” obtendo como resposta o desmentido a essa mentira e a conclusão “É bem sabido que ele admira ditadores, quer ser um ditador no primeiro dia, segundo ele próprio”.
Fica aqui esta mínima amostra para não sermos exaustivos.
Em Portugal estranhamos que fora do arco do Chega ainda haja políticos, como Hugo Soares do PSD, que entre Trump e Kamala afirma “ter dificuldades em escolher”…
Estamos falados!