Ao que ouvi, António Costa, o antigo primeiro-ministro europeu está confirmado para Presidente do Conselho Europeu.
Na minha óptica, independentemente das perspectivas partidárias, fico orgulhoso por este lugar ser ocupado por um português. Fico sempre satisfeito por ver conterrâneos nossos terem lugares de topo na cena política, intelectual, artística e desportiva planetária.
Mas há quem não fique. Pelo contrário, fiquem tristes por tal acontecer. Fiquem doridamente inconformados porque a cegueira ideológica, uma espécie de antolho de muar alentejano, lhes limita a visão para um ponto fixo no infinito. Ponto esse do qual não logram desviar o hipnotizado olhar e onde, por vezes, sonham ver a sua própria figura para servir os seus messiânicos interesses e dos seus acólitos.
O Ventura do Chega, mal recomposto do desaire eleitoral para as europeias, queria 9 deputados alcançou 2, deve estar com as entranhas incendiadas.
O “Cotrim Sim”, que se julga um herói das europeias por ter conseguido eleger-se e mais outro, triunfalista, deve estar a bufar de azia.
Aliás, Cotrim era e não era candidato à presidência dos liberais europeus, lugar para o qual anunciou a candidatura para 4 horas depois desistir. Talvez como tenha desistido de ser secretário-geral da IL…
Ficamos muito jubilosos por todo este gás e não nos contradizemos, pois ficaríamos contentes se um português ocupasse este cargo de secretário-geral. Mesmo que fosse Cotrim.
Também é provável que alguns órgãos de comunicação social afanosamente empenhados na detracção da figura de Costa estejam agora com regurgitação dos sucos gástricos, como assim estarão algumas instâncias judiciais que não sabem guardar sigilo dos segredos à sua guarda, muito oportunas nos timings da bufaria.
Desejamos o maior sucesso a António Costa, o político que não servia para primeiro-ministro de Portugal e acabará por servir para Presidente do Conselho Europeu, composto pelos chefes do Governo dos 27 Estados Membros.