Bugalho, a estrela do PP

Mais se alargou na toada “galopeira” para acusar o governo espanhol de “utilizar a perda de vidas para ganhar capital político”. O que se não fosse profundamente trágico, poderia parecer de duvidosa oportunidade ou grotesco oportunismo.

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    • 17:17 | Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024
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    O inefável Bugalho, a vedeta “chouchou” de Montenegro, inflamou-se todo no decurso da última sessão plenária do parlamento europeu, não para se debruçar sobre os problemas substantivos do país que o elegeu, Portugal, e são muitos, mas sim para dar uma ajudinha ao líder do PP, Alberto Feijóo, ou ao líder do Vox, Santiago Abascal, muito aproximado daquele.

    E vai daí, a meteórica vedeta, agora com novo “look”, com uns óculos que lhe dão um ar sapiente e professoral – o que virou moda também com certos deputados da Nação – afirmou que o líder do PSOE, “Pedro Sánchez é o Viktor Orbán ibérico“. Nem mais nem menos.

    Obliterando tudo quanto o governo espanhol e o seu primeiro-ministro têm feito, desdobrando-se como bem lhes compete na ajuda e solidariedade para com as vítimas das cheias na Catalunha, na minimização dos estragos, na limpeza das vilas e cidades, na remoção de destroços, na busca pelas vítimas… não adregou a criticar Carlos Mazón, o presidente da Generalidade Valenciana, ao que dizem, mais hábil em almoçaradas de cinco horas com “salerosa” jornalista, durante o epicentro da tempestade, irrefragavelmente alheado das suas competências e obrigações inerentes ao cargo que ocupa e para o qual foi eleito.

    Bugalho, hábil “palradeiro” com muitos quilómetros de estrada por múltiplos canais de televisão, usou expressões “redondinhas” (no eficaz estilo do seu chefe), como “catástrofe democrática” para caracterizar a calamidade que vitimou centenas de milhares de espanhóis.


    Mais se alargou na toada “galopeira” para acusar o governo espanhol de “utilizar a perda de vidas para ganhar capital político”. O que se não fosse profundamente trágico, poderia parecer de duvidosa oportunidade ou grotesco oportunismo.

    Bugalho quis fazer um brilharete política perante os seus pares e comunicação social. De facto, se não o fizesse ninguém dele falaria, assim… teve direitos de antena e mostrou aos dilectos pares a dimensão da sua lusíada musculatura.

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