Brincam, apesar da distância
Os novos aparatos tecnológicos, intuitivos e acessíveis, permitem a conexão global. Ainda me lembro de ir ao posto de telefone público, aos sábados, para falar com o meu pai que tinha emigrado...
Já sabemos que as tecnologias nos permitem comunicar facilmente com os nossos entes queridos, apesar dos quilómetros que possam distar entre nós. Os novos aparatos tecnológicos, intuitivos e acessíveis, permitem a conexão global. Ainda me lembro de ir ao posto de telefone público, aos sábados, para falar com o meu pai que tinha emigrado, primeiro para o Luxemburgo e depois para a Alemanha.
Um ritual que nos deixava (filho, filha e esposa) felizes e sossegados e lhe transmitia a energia e a motivação necessárias para superar a distância, o rigor do clima e a barreira da língua…
No dia em que tivemos uma ligação telefónica em casa, fizemos uma festa. Falar com o pai, no conforto e intimidade do lar, em qualquer dia e a qualquer hora, foi uma inovação que permitiu reaproximar a família e partilhar alegrias e tristezas.
No dia em que cheguei a casa, à casa “alemã”, constatei que, usando meios diferentes, a minha sobrinha também encontrou um meio de comunicação que lhe permite partilhar interesses e brincadeiras com a prima que vive, a mais de 2000km de distância, em Santarém. Passou a tarde inteira a brincar com a prima, despiram e vestiram bonecas, jogaram Super Mário, lancharam, dançaram, brincaram às modelos, cantoras e atrizes, falaram da vedeta em voga, a “Violetta”…
Um tablet e uma ligação de Internet permitem alimentar a amizade que sentem uma pela outra, verem-se, falarem, partilhar gostos, aumentar a cumplicidade e agendar o próximo encontro para que possam fazer algo que a tecnologia ainda não permite: abraçarem-se, sentirem o palpitar do coração e emocionarem-se.
Um beijinho para ambas: Cíntia e Juliana.