BEM HAJAM!
Sinto um enorme orgulho em ser associado de duas organizações do terceiro setor: Obras Sociais do Pessoal da CM e SM de Viseu e Alzheimer Portugal. Recebi o número 63 da revista Alzheimer Portugal – Agosto a Outubro de 2016 – e comecei por ler o editorial da Dr.ª Manuela Morais. À medida […]
Sinto um enorme orgulho em ser associado de duas organizações do terceiro setor: Obras Sociais do Pessoal da CM e SM de Viseu e Alzheimer Portugal.
Recebi o número 63 da revista Alzheimer Portugal – Agosto a Outubro de 2016 – e comecei por ler o editorial da Dr.ª Manuela Morais.
À medida que fui avançando, de parágrafo em parágrafo, senti intimamente o desassossego da sua escrita convertido em três lamentos: 1) a inexistência, em Portugal, de um “Plano Nacional para as Demências”; 2) apenas 25% dos associados ativos, de um universo de 9000, têm as quotas de 2015 pagas; 3) a fraca participação dos associados na vida da associação.
O lamento N.º 1, ao qual me junto, merecerá uma análise específica em futura publicação. Quanto aos lamentos 2 e 3, estou totalmente solidário com a Dr.ª Manuela porque conheço as dificuldades da associação que, infelizmente, são comuns aos da instituição que dirijo há 44 meses.
As Obras Sociais cumpriram 50 anos ao serviço da comunidade no dia 30 de abril de 2016. Uma data bonita que mereceria uma comemoração digna e que honrasse todas as pessoas que têm contribuído, direta e indiretamente, para que se mantenha ativa no cumprimento da sua missão: associados, utentes, colaboradores e parceiros.
Foi com uma profunda tristeza, difícil de transmitir por palavras, que, com os meus colegas de direção, decidimos não realizar qualquer celebração, dadas as dificuldades financeiras que vivenciamos todos os dias, há 1320 dias…
As Obras Sociais, nos seus tempos “dourados”, chegaram a ter quase 5000 associados. Hoje, temos cerca de 800 associados activos (a cada um, o meu bem haja, pois são essenciais para o presente e futuro da instituição).
Também lamento a “fuga” dos associados, em massa, no exato momento em que deixaram de poder contar com o apoio, no âmbito da saúde. Esta enorme perda, as organizações vivem muito dos seus associados e respetiva massa crítica, coincidiu com o eclodir da crise económica que tem devastado o nosso país. Dois duros golpes de difícil cicatrização.
Faço um apelo a todos os que já foram sócios que voltem a sê-lo, queremos contar com a vossa participação ativa, na instituição que é de todos nós. Temos vindo a pavimentar um trilho solidário que nos / vos deve orgulhar.
O valor da quota é de apenas 22,80€ por ano, 1,90€ por mês, 0,06333333€ por dia, valor este passível de ser deduzido em sede de IRS, podendo ainda usufruir da panóplia de parcerias que temos disponíveis.
Na esperança de podermos contar de novo com um número significativo de associados, passo a elencar, ainda que sumariamente, o que fazemos.
No âmbito do apoio às crianças desenvolvemos três respostas sociais: Creche; Pré-escolar e CATL.
O Centro de Apoio ao Alzheimer de Viseu presta apoio psicológico, social e jurídico. Dinamiza Grupos de Ajuda Mútua e o Espaço Memória. Somos parceiros e fundadores do Café Memória de Viseu, bem como do Seminário Internacional Alzheimer: Conhecer, Compreender e Intervir.
Estão a arrancar dois novos projetos, no âmbito do POISE – Portugal 2020 – para trabalhar no território concelhio: Rede Local de Intervenção Social – RLIS – e Contrato Local de Desenvolvimento Social – CLDS 3G Viseu Igual.
A força dos associados que continuam ativos, somada à resiliência e profissionalismo dos nossos colaboradores e à confiança que depositam em nós os utentes, permite-nos acreditar no que fazemos a cada dia, todos os dias, dignificando o presente e projectando o futuro.
Todos somos poucos para o muito trabalho que há para fazer. Faço um apelo para que mais pessoas se juntem a nós e participem ativamente na vida das Obras Sociais que, tal como a Alzheimer Portugal, desenvolvem uma ação ímpar que não merece ser negligenciada.
Caros associados, colaboradores, utentes, famílias, viseenses, bem hajam!