A requalificação do pavilhão Rosa Mota (Super Bock Arena, antigo Palácio de Cristal) no Porto, custou mais de 8,5 milhões de euros e foi integralmente paga com dinheiro de entidades privadas. Tem uma capacidade para 5 500 lugares sentados e não custou um único cêntimo aos cofres do Município do Porto e aos seus munícipes. Para além disso irá render, mensalmente e para os cofres Municipais 20 000€. Esse valor será pago durante 20 anos, o que feitas as contas trará um retorno direto aos cofres da Câmara Municipal do Porto de 4,8 milhões de euros.
Já a requalificação do pavilhão multiusos (Viseu Arena) em Viseu, irá custar mais de 7,1 milhões de euros, terá uma capacidade de 5 500 lugares (idêntica à do Porto) e será integralmente paga com dinheiros públicos e pelo Município de Viseu, que é como quem diz, por todos nós Viseenses. Não são conhecidos os retornos diretos da sua exploração esperando-se, pelo contrário, ainda um maior agravamento dos custos com a sua manutenção e gestão municipais.
Obviamente que os viseenses podem e devem questionar a viabilidade de uma infraestrutura desta natureza para a cidade de Viseu.
Será justificável tamanho esforço financeiro do Município para criar uma megalomania como esta? Se o investimento é viável, porque não investe a iniciativa privada, tal como aconteceu no Porto? Deverão ser os viseenses, através dos impostos e taxas municipais, pagar para reestruturar e manter este enorme Elefante Branco?