A vigilância é sinal de quê?
Assim parecido com um GPS que se instala no veículo de trabalho de um colaborador, para saber a que locais vai, ou por onde anda.
Estranha personagem, a do presidente francês Emmanuel Macron, pelos seus detratores designado de “MicroMacron”.
Soube-se agora que tem no seu telemóvel uma aplicação através da qual controla o trabalho e o desempenho de todos os seus ministros e aos quais, ameaçador, se dirigiu nestes termos, segundo o jornal “Le Figaro“:
“Se não mudarem, quem vos muda sou eu!”
Esta APP pessoal usa um sistema de aferição por cores e percentagens que lhe permite monitorizar dia a dia o impacto ou sua ausência, das medidas políticas e sociais preconizadas por cada ministro nos respectivos ministérios.
Assim parecido com um GPS que se instala no veículo de trabalho de um colaborador, para saber a que locais vai, ou por onde anda.
A atitude de Emmanuel Macron pode evidenciar as seguintes causas:
Necessidade de auto-afirmação, recorrendo a actos arrogantes e prepotentes;
Inércia de tal forma grave do seu elenco governativo que justifica sejam tomadas medidas drásticas e invulgares;
Uma crescente crise em França que aproxima do desespero a elite governante;
Medo do falhanço das medidas pelas quais este governo é responsável;
Todas as causas juntas e mais algumas.
De qualquer forma, uma coisa parece ser inquestionável: a diplomacia que tantos anos, mais ou menos hipocritamente, habitou o Palácio do Eliseu, parece ter feito o seu “déménagement” lá para as bandas de Argel.