A 1ª República inicia-se com a sua proclamação a 5 de Outubro de 1910 e acaba com o Golpe de 28 de Maio de 1926*, que dissolve o Parlamento e governa em ditadura militar.
A 2ª República vai de 1933, com o Estado Novo, até 1974.
A 3ª República decorre de 1974 até ao presente.
Por muitas vicissitudes tem a República passado. Desde as lutas intestinas da 1ª até à anulação da democracia pela 2ª, passando por aqueles que hoje, saudosistas do passado, clamam pela 4ª República.
Provavelmente uma República análoga aquela que pontificou durante mais de quatro décadas, de líder único e omnipotente, coarctadas e sufocadas as liberdades individuais, imposta a censura, suprimidos grandes partes dos direitos humanos tão a custo conseguidos.
Ademais, um líder partidário que quer imperiosamente mudar a Constituição da República Portuguesa, para a qual, refere o próprio com a costumeira elevação “estar-se nas tintas”.
E é neste fadário que a República tem sobrevivido, amada por muitos, odiada por outros.
A sua história, se é somente centenar, é pródiga de episódios que, para a sua mais aprofundada e pertinente dilucidação, devem ser estudados, deixando aqui a sugestão de alguns títulos e nomes, de reputados investigadores e académicos que podem consultar.
História da Primeira República Portuguesa, coordenação de Fernando Rosas e Maria Fernanda Rollo, Tinta da China, 2009.
Vem aí a República! 1906-1910, Joaquim Romero de Magalhães, Almedina, 2009.
Porque Venceu e Porque se Perdeu a I República e A Grande Ilusão – Um Ensaio sobre 1910, i 1910 a duas vozes, Mendo Henriques e Fernando Rosas, Bertrand Editora, 2010.
O Poder e o Povo, Vasco Pulido Valente, Círculo dos Leitores, 1999.
Lisboa Revolucionária – Roteiro dos confrontos armados no século XX, Fernando Rosas, Tinta da China, 2007.
A primeira República, 1910-1926, como venceu e porque se perdeu, Bertrand Editora, 2018.
Páginas de Sangue, Sousa Costa, Guimarães Ed., 1933.
(Et al)
Viva a República!
*A revolução começou em Braga, comandada pelo antiliberal general Gomes da Costa, sendo seguida de imediato em outras cidades como Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. Consumado o triunfo do movimento, a 6 de Junho de 1926, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.