Os políticos proeminentes usam hoje equipas de comunicação que lhes preparam as linhas mestras dos actos discursivos com o objectivo de alcançar a maior eficácia nas suas intervenções públicas.
Para tal, usam todos os meios ao seu alcance para a construção de impressivos chavões, fáceis de memorizar e facilmente entendíveis pelo acrítico público a que se destinam.
Donald Trump, com a sua estonteante retórica do ziguezague e da mentira, é um caso de estudo. Aliado ao despudor com que mente está a sua incultura que lhe permite “pérolas” deste teor: “Os Estados Unidos e a Itália são aliados desde a época da Roma Antiga”, ignorando que os EUA se fundaram em 1776 e que a Antiguidade Romana foi de 753 a.C até 476 d.C.
Trump é o líder das “fake news”, um cultor das mais desavergonhadas inverdades.
Putin, o “czar russo”, é outro que tal.
No Brasil, Bolsonaro, acusado de vários crimes, segue o exemplo.
Por cá, André Ventura, não lhes quer ficar atrás.
A lista é enorme e tem vários cultores dessa “esperteza” em todos os quadrantes políticos, da extrema-esquerda à extrema-direita. São os autocratas dos séculos XX e XXI que, para se eternizarem no poder, recorrem a todos os meios, dos mais repressivos e letais até à usurpação da linguagem que se tornou em sustentáculo distorcido da sua despótica cobiça e pretensão.
Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do projecto nazi de Hitler e seu braço direito afirmava: “Uma mentira mil vezes repetida torna-se uma verdade”. Aqui está a pedra angular destes “edifícios” repressivos.