A História de Portugal sob ataque na Faculdade de Direito de Lisboa 

Marcelo Caetano como professor deixou-nos uma obra vasta e formou outros grandes vultos do direito administrativo como Diogo Freitas do Amaral, fundador da democracia, entre muitos outros juristas bem conhecidos da nossa praça... e este papel de grande contributo para alguns alicerces jurídicos que ainda vigoram e sustentam a democracia, não deverá ser esquecido.

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  • 10:25 | Quinta-feira, 30 de Novembro de 2023
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Os alunos da Faculdade de Direito de Lisboa deliberaram a extinção da “sala museu” dedicada ao professor Marcelo Caetano que foi a maior referência do “direito administrativo” em toda a História de Portugal.

O erro, a meu ver, da decisão destes alunos, com uma petição na internet de apenas 550 assinaturas, é não terem a maturidade suficiente para distinguirem o percurso académico, o contributo académico de uma personalidade académica determinante do seu percurso político.

Quando nos dias que correm se exige ao presidente da República atual que seja menos comentador/professor e mais chefe de Estado, vemos na faculdade de Direito extinguir-se uma memória histórica pelo facto destes alunos de direito misturarem tudo e acharem que um ex-chefe de Estado não merece ser reconhecido como professor, mesmo sendo uma das maiores referências do direito.

Marcelo Caetano como professor deixou-nos uma obra vasta e formou outros grandes vultos do direito administrativo como Diogo Freitas do Amaral, fundador da democracia, entre muitos outros juristas bem conhecidos da nossa praça… e este papel de grande contributo para alguns alicerces jurídicos que ainda vigoram e sustentam a democracia, não deverá ser esquecido.


Não vou aqui apreciar o seu papel de político, pois um ditador é um ditador e o seu papel como chefe de estado é de condenar, mas no ano em que comemoramos 50 anos do 25 de abril , seria de reconhecer a este Homem, o facto do 25 de abril ter decorrido sem derramamento de sangue e sem que o poder caísse na rua.

A nossa distância temporal do 25 de abril deveria dar-nos uma clarividência daquilo que correu mal e daquilo que correu bem mas vivemos num tempo em que a esquerda continua apaixonadamente a viver a expetativa que a revolução aconteça amanhã e a agir como Estaline agiu relativamente à História apagando e aniquilando o fundador do seu partido, Trostky…

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