A essência de Viseu está no seu Centro Histórico.

Recentemente, foi reabilitado o edifício do antigo Órfeão, obra magnífica que ainda não visitei, depois da sua reabertura e cuja recuperação se deve ao antigo edil António Almeida Henriques.

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  • 14:23 | Quarta-feira, 16 de Abril de 2025
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Quando visitamos uma cidade só a ficamos a conhecer melhor se andarmos pelas suas ruas, se descobrirmos a sua história, o património edificado e as tradições culturais e gastronómicas.

É nas ruas que se encontram a alma e a essência de uma cidade e do seu povo.  Nos centros comerciais, encontram-se outras coisas mais apelativas ao consumo.

A essência de Viseu está no seu Centro Histórico. Nos meus tempos de rapaz, década de 90 do século passado, vivia gente no Centro Histórico e havia muito e diferenciado comércio pelas ruas centrais da cidade.


Com a chegada do século XXI assistiram-se a muitas transformações na cidade. O Centro Histórico e as suas ruas centrais foram perdendo habitantes e comércio.

Hoje, quando andamos a pé pela Rua Direita, vemos umas quantas lojas abertas e os comerciantes à porta a darem dois dedos de conversa, enquanto esperam que os clientes cheguem.

A terça-feira ainda continua a ser o dia com maior afluência de gente à Rua Direita.

Recentemente, foi reabilitado o edifício do antigo Órfeão, obra magnífica que ainda não visitei, depois da sua reabertura e cuja recuperação se deve ao antigo edil António Almeida Henriques.

Esperava-se que a recuperação daquele edificado trouxesse vida e atração à Rua Direita, mas tirando um ou outro baile, parece-me, não querendo ser injusto na minha apreciação, que pouco ou nada trouxe.

Fernando Ruas decidiu ali albergar a Universidade Sénior de Viseu. Não sei  quantos alunos tem atualmente esta instituição, sei apenas que tem gente que já deu e continua a dar muito à cidade, mas a meu ver não trouxe a energia que a Rua Direita precisava para a sua revitalização.

Tenho tudo a favor da Universidade Sénior, mas aquele espaço também precisava de jovens, sejam eles das artes, ou da tecnologia, a única certeza que tenho é que aquele espaço também lhes devia pertencer, deviam estar ali para ajudar a trazer vida à Rua Direita.

O Órfeão devia ser um espaço de coabitação entre os séniores viseenses da Universidade e jovens talentos da cidade, estou certo de que se assim fosse aquele espaço vital da Rua Direita estaria diariamente de portas abertas.

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Publicado em Opinião