A emigração qualificada

Dados do Instituto Nacional de Estatística apontam para uma perda de 120.000 licenciados num ano, atribuíveis à emigração.

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  • 16:07 | Segunda-feira, 04 de Setembro de 2023
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Os salários baixos, as rendas e as prestações ao banco estão a forçar a saída dos jovens do nosso país.

Licenciados estão a sair para ganhar três vezes mais, preferindo o norte da Europa para os seus empregos, nomeadamente, depois do “Brexit” que retirou fluxos migratórios para o Reino Unido.

Dados do Instituto Nacional de Estatística apontam para uma perda de 120.000 licenciados num ano, atribuíveis à emigração.


Há cada vez mais cidadãos com um curso superior, o que significa que Portugal faz um esforço na formação dos jovens, mas depois não tem forma de os fixar ao território natal. Investe na formação e depois, por culpa própria, vê sair os recursos humanos em que apostou, não tirando rendimento do investimento feito.

O futuro ganha-se nas qualificações e capacitações e não entender isto é não perceber nada do que aí vem.

A agressividade e a competitividade dos mercados globais vão exigir que Portugal, se quiser acompanhar o pelotão dos desenvolvidos, adopte políticas de retenção dos mais bem preparados, começando por pagar salários atractivos.

Se Portugal não precisa de pessoal qualificado, que não o forme. Agora, se precisa, e precisa, que seja consequente, tirando deles o rendimento devido.

Desperdiçar é que não é verbo que se conjugue. E pagar 1.000 ou 1.200 euros a um jovem altamente qualificado é não ter não noção da realidade e visão de futuro.

Impropriedades que não faltam por cá…

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Publicado em Opinião