As políticas de emprego são, geralmente, um assunto sensível e delicado e que, de um modo global, mobilizam e aguçam a discussão entre os cidadãos.
Uma retrospectiva, ainda que ligeira, das questões do desemprego demonstra que, até 2015, as taxas de desemprego não desciam, realidade bem diferente da atual. Contudo, esta nova e positiva situação não nos conforta, pelo que é necessário apostar em novas políticas de emprego, que combatam a tendência e o avanço da precariedade nas relações laborais e introduzam qualidade no emprego.
Assim, é importante traçar prioridades que podem e devem passar pela mobilização dos jovens para a formação/qualificação; por privilegiar a inserção das pessoas no mercado de trabalho; por maior fomento do emprego permanente, de modo a estabelecer relações laborais mais estáveis; por introduzir novas regras nas políticas ativas de emprego; por ajustar as respostas do IEFP ao público-alvo, pelo reforço das relações com os parceiros sociais, entre outras.
É verdade que o novo quadro comunitário não é tão generoso como o anterior, pelo que existem fortes constrangimentos financeiros que limitam a capacidade de intervenção a nível das políticas de emprego, porém, esta limitação também nos impele a um novo impulso e desafio. É essencial saber integrar os meios e as respostas e dar-lhes eficácia; saber adotar estratégias e respostas mais qualificantes; ativar redes de parcerias de base local de modo a rentabilizar recursos e a dar respostas integradas, articulando e complementando ações.
Com um novo modelo de atuação, mais exigente e assente na política dos três ‘e’ – economia, eficiência e eficácia –, estaremos mais habilitados a desenvolver respostas para melhorar o futuro das pessoas e do país.