A bandeira de quem?

E já agora, dizem-me que o “belo trabalho” custou ao erário 70 mil euros. Eu fiz o bonecro que ilustra o artigo, no “paint” da net em 2 minutos e vendo-o por 7 euros…

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  • 17:44 | Quarta-feira, 06 de Dezembro de 2023
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Hoje, numa mesa de café do bairro onde estavam sentados cinco cidadãos que daqui conheço de vista e de urbano cumprimento e sei serem aposentados do Ensino, da Saúde e da Banca, o tom de irritação era facilmente percebido nas mesas em redor.

O tema da conversa, gerador da colectiva indignação era o novo grafismo proposto para o logotipo de Portugal e para a bandeira portuguesa, desde meados do ano exequibilizado pelo governo.

— “Estes tipos até o símbolo da portugalidade nos querem roubar!”, dizia um muito zangado .


— “Esta gente é apátrida e não tem valores senão os da novidade ‘prafrentex’!”, acusava outro.

— “Tenho muito orgulho nos símbolos da nossa bandeira aparecida com a República!”, acrescentava outro.

— “Estes indivíduos pertencem às minorias elitistas lisboetas, colocados nos gabinetes de ministros e de secretários de estado como assessores, vindos não se sabe de onde, com quais credenciais e mérito, são filhos da cunha e do amiguismo!”, insurgia-se outro.

— “É uma cambada de arrivistas sem respeito pelos valores dos outros, dos cidadãos ‘a sério’ deste país. Largaram há pouco os cueiros e têm voz audível para tudo, nada sabendo da vida, nada da vida conhecendo senão os corredores da política de bastidores onde vivem reconfortados, a dar bitaites sobre tudo e todos, perante a bovina indiferença e apatia dos seus superiores!”, ajuizava outro.

 

E a conversa exaltada continuou neste tom. Saí e pus-me a pensar, este governo de António Costa, onde pululam “emplastros” encalhados caídos sabe-se lá de onde, não precisava, de saída, de vir ofender centenas de milhares de portugueses que não se reveem nestas inúteis modernices. Modernices como aquela do Acordo Ortográfico, que veio fazer da Língua Madre um estranho linguarejar imposto à força para destruir um dos mais fortes pilares da portugalidade – a sua colectiva fala.

Agora, este punhado de abstrusos sem rosto, poderosas e sombrias criaturas, quer banir, a troco de um grafismo equívoco, geometrizado e de parco sentido, os ancestrais símbolos da bandeira portuguesa.

O estranho é António Costa achar-lhes piada, dar-lhes anuência e a cobertura suficiente para eles andarem “à rédea solta” a escoicinhar nos lusos valores.

Claro que estou seguro que nenhum daqueles cinco aposentados vai votar PS. E como eles milhares de outros, que não se reveem nestes acanalhados aviltamentos dos nossos valores.

Costa desnorteou-se e talvez se esteja já a “marimbar” no partido e nos resultados eleitorais de Março, tipo “après moi le déluge”, numa miopia típica da macrocefalia da casta lisboeta, estultamente ostentada por quem, para além do Chiado, pouco quer lobrigar do Portugal real.

E já agora, dizem-me que o “belo trabalho” custou ao erário 70 mil euros. Eu fiz o bonecro que ilustra o artigo, no “paint” da net em 2 minutos e vendo-o por 7 euros…

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Publicado em Opinião