Tem sido rara a semana na qual a ministra da Saúde, Ana Paula Martins não se tenha visto na ribalta com os casos que se sucedem e a desacreditam. Como se fosse pouco, também, pelo o seu modo agressivo e rude, quase insolente, de tratar os assuntos e os seus protagonistas.
Logo a seguir à polémica – muito bem contida na comunicação social – do alegado plágio de um trabalho seu de cariz científico, veio a vez da segunda demissão do presidente do INEM, que em pouca mais de quinze dias teve três presidentes. A saber, Luís Meira, Vítor Almeida e o recém-empossado tenente-coronel médico das FA, Sérgio Dias Janeiro.
Vítor Almeida, competente médico anestesista, viseense, não aqueceu o lugar, pois foi empossado a 4 de Julho e saiu, a seu pedido, a 10 ou 11 deste mês, invocando que “não estavam reunidas as condições para desempenhar a presidência do INEM”, mais alegando fazê-lo por “razões profissionais e face ao contexto atual do instituto”.
Helicópteros sem renovação de licença operativa por falta de consensos nos montantes de aluguer, terá sido um dos problemas maiores para esta dança de cadeiras.
Meios esses, que segundo os referidos protagonistas, são fundamentais para dar resposta às situações médicas de maior emergência.
Três presidentes em tão pouco tempo remetem-nos, também, para a incapacidade negocial da ministra que se escuda no “não comento” perante a natural curiosidade dos jornalistas.
Entretanto, o líder do Chega, logo se alinhou perante os microfones que tanto e tão bem o acolhem para requerer a audição dos visados numa qualquer comissão de inquérito de última hora, propiciadora de bons momentos mediáticos para, assim, transmitir ao país a sua profundíssima tristeza, angústia e preocupação com os factos em epígrafe
No entreacto, já se murmuram por aí os três primeiros nomes que comporão o novo conselho de administração do CHTV. A seu tempo a este assunto voltaremos, mas a serem confirmados, dois desses três só nos dão vontade de rir…
(Foto DR)