Vai-te embora Crato!
Nuno Crato como Maria de Lurdes Rodrigues tudo fizeram para dividir os professores. Diabolizar uma classe, humilhá-la, persegui-la, precarizá-la e desuni-la foi e tem sido a tarefa destes dois algozes da Educação. Esta prova de avaliação dos professores nasceu contra natura. Creio que ninguém receia a avaliação, insurgem-se sim, contra a humilhação. Um portador de […]
Nuno Crato como Maria de Lurdes Rodrigues tudo fizeram para dividir os professores.
Diabolizar uma classe, humilhá-la, persegui-la, precarizá-la e desuni-la foi e tem sido a tarefa destes dois algozes da Educação.
Esta prova de avaliação dos professores nasceu contra natura. Creio que ninguém receia a avaliação, insurgem-se sim, contra a humilhação.
Um portador de um curso via ensino, aprovado e diplomado por uma instituição de ensino superior credível, deveria reunir todas as condições requeridas para o exercício da função. Se há excepções só confirmarão a regra. E se saiu diplomado sem merecimento, a instituição que o diplomou deveria ser alvo de “apreciação” (passe o eufemismo…). Talvez Sócrates e Relvas sejam culpados…
O que se viu ontem por todo o país, com polícia dentro das escolas ao bom estilo de 68/69, não dignifica o lugar, a classe, a carreira, o magistério, a missão. Não dignifica Portugal.
Fui professor durante 38 anos. Leccionei no ciclo de então, no secundário e no superior. Fi-lo com empenhamento e gosto, buscando constantemente a minha actualização e aumentando o meu conhecimento, com pós-graduações e graduações, além do produtivo investimento pessoal diário.
Ainda assim, vim-me embora antes do tempo. Porque a Escola tornou-se insuportável. Porque a Escola hoje não é lugar de Educação, mas sim do “eduquês”. A Escola hoje é um lugar de tensões, pugnas, perseguições, disputas, competição, arrogância e pouco Ensino.
A Escola portuguesa viu ser-lhe seccionada a coluna vertebral pelos dois ministros referidos.
Escolhi ser professor por gosto, não por recurso. Hoje, e milhares de alunos/amigos após, não saberia/conseguiria ser professor. Mas, mais do que isso, NUNCA me sujeitaria/humilharia a fazer uma prova de avaliação sem pés nem cabeça, sem lógica nem conteúdo, tão vergonhosa quanto qualquer aluno do 12º ano nela teria aprovação.
Querem maior desacreditação da classe? Por isso, também por isso, sou solidário com os professores.
E como numa “manif”, deixo aqui o meu cartaz, nesta Pátria de vendidos e alguns bandidos…
Vai-te embora Crato!
Enganaste muitos com os teus blogues e os teus escritos de “guerra”, enquanto docente. Mas como ministro não chegas aos calcanhares do Professor Pardal!