Um povo educado é um povo não dominado. De facto, em países onde o nível de literacia é alto, a repressão e a supressão de direitos é mais difícil de alcançar pelos tiranos de serviço. Tiranos e déspotas esses que sempre odiaram e perseguiram quem “pensa”, erigindo-os até a inimigos do regime…
Faz-me lembrar a história contada pelo meu avô paterno, Hilário de Almeida Pereira, que exerceu durante anos o lugar de presidente da câmara do Sátão: Um seu amigo, homem de leis como ele, o chamado Doutor da Meã, preocupado, dizia-lhe: — “Ó Hilário, tu andas a construir-lhes escolas nas freguesias… um destes dias eles sabem mais do que nós e não fazemos nada deles!”
Lembro-me também do que dizia o esclarecido ex-autarca de Sernancelhe, José Mário Cardoso, quando o criticavam pelo seu recorrente investimento na Cultura: — “Se a Cultura sai cara imaginem o custo da ignorância!”.
Bom, mas esses eram/são Homens esclarecidos…
Em sentido lato, a actual equipa que capitaneia o Ministério da Educação e cujos nomes não consigo lembrar, parecem apostados, como aquela Maria de Lurdes Rodrigues de má memória, em ignorar, diabolizar e hostilizar a classe docente que é, em primeira e derradeira instância, aquela que educa os filhos de todos os portugueses e faz deles os Homens do amanhã.
A inabilidade do actual ministro e do seu secretário de estado, professor vindo de um sindicato qualquer da área, tem sido tão flagrante e tumultuosa quanto a sua incapacidade de comunicação, de diálogo, de concertação.
Penso que o primeiro-ministro António Costa ainda não mandou esta tutela de “férias” pelo simples motivo de já ter saídas do Governo quanto bastem, evidentemente que por outros motivos, que não o da incompetência para o profícuo desempenho da função…
(Fotos DR)