Tão queridos, os nossos leitores…
Enquanto administrador do site da Rua Direita, no facebook – não falamos do site oficial com servidor próprio – vamos constatando a evolução das visitas, das leituras, da origem, etc. Até hoje, o artigo que foi mais procurado teve ali 991 visitantes. Diga-se que foi publicação única, o que lhe dá um carácter de permanência […]
Enquanto administrador do site da Rua Direita, no facebook – não falamos do site oficial com servidor próprio – vamos constatando a evolução das visitas, das leituras, da origem, etc.
Até hoje, o artigo que foi mais procurado teve ali 991 visitantes. Diga-se que foi publicação única, o que lhe dá um carácter de permanência temporal. Depois, há aqueles textos de colaboradores semanais que oscilam entre as 400 e as 900 leituras. Informação recebida incluída.
Finalmente há o Editorial. O carácter diário concede-lhe uma especificidade muito própria. De certo modo – embora não de cabal razão – é o que vem desactualizar o do dia anterior.
Este estatuto ou especificidade dá-lhe, em média e por dia, entre 150 a 200 leitores. O de ontem, por exemplo, já ultrapassou os 230, o que, para tirarmos um número mais certeiro, se considerará de 175 leitores/Editorial.
A multiplicar por 30 dias do mês = 5.250 leitores.
A multiplicar pelos 12 meses do ano obteremos a redonda conta de 63.000 leitores.
O que é que isto prova, autonomamente da concordância ou discordância desse público com o objecto da leitura, independentemente de sermos lidos em Maryland, Londres, Amesterdão, Sernancelhe, Rio de Loba ou Tondela?
O evidente: que o Editorial é lido por muita gente.
E assim sendo, há que ponderar: se interagimos com tanto público, se temos a sua confiança, temos mais responsabilidades. Ter mais responsabilidades é ter mais deveres, pelo número legitimados.
O dever da clareza, da coerência, da correcção, da isenção. Pese embora que um Editorial, ao traduzir o pensamento do emissor, ao determinar uma linha ideológica (sem ser partidária) e tão mais política quanto mais apartidária, crítica, interventiva, inconformada, irreverente, plural, com estes requisitos todos e na heterogeneidade de temáticas, tanto pode ser objectivo como subjectivo, uma vez que não nos cingimos nele, tout court, à informação que remete para o referente, denotativa, inequívoca, sendo até grande parte das vezes o contrário, isto é sugestiva, conotativa e ambígua ou até plurívoca.
A isenção aqui terá pois que ser sinónimo, apenas, de apartidarismo, ou melhor, não ser veiculadora de ideias de um partido político x ou y.
Enfim, não sendo um Manifesto, um Editorial não é um texto literário. Mas também não é um texto informativo. Então, é o quê? Pode ser, se disso for o caso e o editorialista assim o entender e souber fazer, tanto um como outro. Questão de estilo, logo, questão de pessoalidade de escrita.
Fazemos amanhã às 23H58 um mês que estamos online. Já aqui referimos o número crescente de colaboradores, a aflorar a meia centena, a quem nunca perguntámos nem a cor política, nem o credo, nem a origem… Isto sim, é isenção. E neste quase mês também já não andamos distantes das 300 publicações. E se mais não temos é porque, por exemplo, as autarquias do distrito, salvo 3 ou 4 honrosas excepções (em 24), apesar de requeridas por escrito, ainda não nos concederam o privilégio de publicar informação acerca dos eventos dos seus concelhos. O que, verdadeiramente, a não ser timidez, se nos afigura um mistério…
Também poderá acontecer que nesses concelhos nada se passe de relevante, agora que tivemos eleições há relativamente pouco tempo. E lá está, não se pode publicar o que não existe…
Ainda assim, porque somos casmurros, vamos porfiando…