Ao que se constata parece ser zero.
A auto-estrada Viseu Coimbra veio trazer mais um “inconseguimento” a este autarca que tão bem se saracoteia sob as lâmpadas dos holofotes, mas, no palco da verdade factual, passa frequentemente uma imagem pífia de paródia.
Assistir-lhe-á toda a razão na sua cruzada que é, também, a luta de todos nós, porém, dos seus actos mais não se lobriga que um quase histérico adejar com muito bruáá de fundo, imensas parras e nenhumas uvas – matéria onde já devia ser expert.
Aconteceu novamente com o traçado desejável do novo IP3 que deveria ir de Viseu a Coimbra e, pelos vistos, irá de Santa Comba Dão a Coimbra, reparando – provavelmente numa 1ª fase – a parte mais perigosa do percurso para e talvez numa 2ª fase, concluir os 40 quilómetros em falta até Viseu. Sabe-se lá?
Muito já se escreveu sobre este assunto. O Governo PàF que Almeida Henriques integrou temporariamente como secretário de Estado da Economia, empurrou o assunto com a barriga ou, se preferirem, chutou para canto. As exigências de Almeida Henriques, à época, foram muito menos audíveis e estridulosas. Agora, falando caro, que a coisa foi “postergada” atacou-se de tal frenesim que até receamos lhe possa vir a dar uma convulsão de imprevistas consequências.
Quem quer a auto estrada Viseu Coimbra? Todos nós, exclame-se com ênfase. Porém, não ignoramos que compete aos “políticos” investidos de seu “poder” agir para que tal aconteça. Almeida Henriques não é vice-presidente da ANMP? Não é o presidente da “cidade-região de Viseu, que é um pulmão demográfico e industrial de toda a região”? A tal “infraestrutura estruturante” (passe a tautologia) é, efectivamente fundamental para a segurança rodoviária. O autarca não entende que se faça “meia autoestrada”. Pena é que tendo tido ensejo de decidir o não tivesse feito no mais oportuno dos momentos, quando teve “poder”.
O que se prevê, segundo a Infraestruturas de Portugal é uma ligação do IC12 em Santa Comba Dão à A13, até Ceira, a sul de Coimbra, ou por norte a Coimbra e daqui até Ceira, através de uma nova variante.
A nós também nos sabe a pouco, mas não passamos de um mero editor de uma plataforma de comunicação social…
Viseu sente-se excluída. Nós os viseenses também sentimos essa exclusão. Resta saber quais os fundamentos que estão na base desta decisão. Eventualmente, a falta de euros para a obra ideal, havendo-o apenas para a obra possível.
Entretanto, Almeida Henriques que ainda há relativamente pouco tempo prometeu pôr os funcionários da “sua” Câmara a pintar o IP3 – absurdo “gargarejo” não concretizado – afirma com a sua consabida verdade irrefragável que “meia solução não é, não será nunca, uma solução”. Nem o Einstein chegaria a tal conclusão. Mas meu estimado edil, ouça o Compadre Zacarias que afirma a boca cheia que “vale mais uma no papo que duas no saco”… E veja o lado bom e solidário da “coisa” contentando-se, por ora, com os benefícios que a meia autoestrada trará para os autarcas seus vizinhos, regozijando-se com eles, na certeza de que eles se regozijarão consigo quando este ou outro Governo, rosa ou laranja, arranjarem verba para os 40 quilómetros em falta.