O amaldiçoado IP3 – Itinerário Principal 3
Esta via fundamental na ligação de Viseu a Coimbra não nasceu com boa estrela.
Esta via fundamental na ligação de Viseu a Coimbra não nasceu com boa estrela. E, se desde a origem de itinerário principal se tratava, não cumpre hoje nenhuma das designações e desígnios, pois se “itinerário é a indicação do caminho a percorre“, quem vier de Coimbra para Viseu está “tramado”, pois as indicações que recebe, entre Espinheiro e Penacova, remetem para a EN 235, também ela vítima de derrocadas que põem em causa a circulação segura. Quanto a ser “principal”… ao direcionar os automobilistas para secundaríssimos e entupidos caminhos… mostra bem que nas EP e no Ministério do Planeamento e Infraestruturas há muita gente bastante distraída.
“Irresponsabilidade”, clamam uns, “caminho do abismo”, criticam alguns, “via da desgraça”, acusam outros… Todos terão razão pois estamos perante uma aventura… e muito perigosa.
Os utentes das estradas portuguesas não mereciam tal fadário, eles que são com os impostos brutais que pagam a galinha dos ovos de oiro de qualquer governo.
Naturalmente que a tempestade que assolou o país e gerou uma derrocada no IP3, gerou por toda a parte danos avultados. Todavia, neste concreto caso e dado o enorme afluxo de trânsito que ali circula, a Estradas de Portugal e o Ministério das Infraestruturas liderado por Pedro Marques, deveriam, de imediato, conceder prioridade absoluta a esta reparação em vez de se estarem, positivamente, a “borrifar” na segurança dos utentes que, além de verem os seus trajectos agravados por uma espécie de Trial Mistério, pagam com perda de tempo e combustível esta soluçada reparação que já tem 18 dias de existência, sem se saber quando estará solucionada.
Será que um caso desta natureza não exigia a afectação imediata e prioritária de recursos técnicos e humanos multiplicados para e em escassos dias eliminar o obstáculo? O bom senso diz-nos que sim, a negligência institucional prova que não.
Até lá, como sugestão, seguir de Coimbra direito à Mealhada, pelo IC2, junto ao Rocha dos Leitões sair à direita e ir em direcção ao Luso, Bussaco, Mortágua e Santa Comba Dão, pela EN 234, onde poderá retomar o IP3. Fará 94 quilómetros até Viseu, percorrendo a mesma distância do IP. Ou então, seguir a A1 até à A25. Mais quilómetros e portagens, mas uma viagem sem sobressaltos.
Haja bom-senso, respeito e… VERGONHA!