Ao que parece não faltou animação na reunião da Câmara Municipal de Viseu, hoje ocorrida.
Em primeiro lugar porque o presidente da autarquia, Almeida Henriques, no período de antes da ordem do dia, quis aprovar matéria referente à Sociedade Urbana de Reabilitação, quando a SRU já foi objecto de inapelável sentença e deliberação negativa e de extinção por parte do Tribunal de Contas (ver em anexo notícia do RD), tendo sido a vereadora socialista Andreia Coelho a chamar a atenção do presidente para o facto, clarificando a posição daquela oposição em votar contra qualquer assunto que à SRU dissesse respeito, deixando o presidente, no seu embaraço contrariado, a ficar de pedir pareceres a organismos tais como a DGAL para, ao que se conjectura, sair airosamente (como se tal fosse possível) da “alhada” em que se meteu…
Porém, a animação não ficou por aqui, pois um munícipe no legítimo uso da palavra, foi veemente nas críticas ao funcionamento de certos serviços da autarquia sob responsabilidade do engº Sousa. Assim, Raúl Albuquerque, engenheiro ou arquitecto de profissão, invocando os artigos 110º e 14º, sobre a obrigatoriedade de informação, apontou o dedo à falta dela, em casos concretos como o PDM, o PP, o PA, etc. A discussão foi acalorada, ao que se consta…
Almeida Henriques, na resposta “engasgada”, a repetir em cada 5 palavras uma vez o vocábulo “transparente” – o que deixa espaço à ilação em termos de isotopias ou imagens obsidiantes – entendeu com seus “pares” ouvir o responsável do Urbanismo, o engº Sousa, que referiu não ter o munícipe queixoso razão, pois terá sido bem atendido e não coagido a nada. Mas acrescentou mais e inesperadamente, dando conhecimento de que terá existido uma inspeção aos serviços, a qual, neles detectou anomalias. E que por isso, ele próprio iria oportunamente participá-las ao Ministério Público.
Será possível? Nos seus serviços? Noutros serviços? E ainda não as participou?
Como se pode ver, pairou extrema densidade e estranha polémica nesta reunião e, pelos vistos, mais haverá para poisar – e não pairar – depois do chefe do Urbanismo clarificar os assuntos em causa e os casos onde as anomalias foram verificadas.
Pelos vistos, a reunião foi mais animada que um chá das 5, na Pastelaria Horta d’antanho… só faltando mesmo uns Viriatos recheados, no final e de conduto.
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