… e disso nunca ninguém duvidou, porém por vezes, tinha atitudes menos decorosas que punham em causa a sua blindada honestidade.
O IPV é uma instituição séria. Tem como presidente Fernando Sebastião e presidente do conselho geral, João Cota.
A firma Legenda Transparente é uma empresa séria. Tem como gerentes João Cota, João Paulo Rebelo e Francisco Rebelo, que esteve ou está ligado ao grupo Lena Comunicações.
É natural que entre a instituição e a empresa se firmem negócios. É natural que a instituição IPV, em condições paritárias, firme idênticos negócios com todos os orgãos de comunicação social regional local.
É natural que a renovação do contrato de milhares de euros em publicidade tenha sido assinada por Fernando Sebastião, João Paulo Rebelo — o candidato a deputado pelo PS — e por Francisco Rebelo — que integrou ou integra a ERC, Entidade Reguladora da Comunicação.
Por coincidência, foram buscar a assinatura deste último a Leiria (?). Para evitar que João Cota assinasse? Mas não é por não o ter feito que deixa de ser sócio gerente da firma Legenda Transparente, presidente do conselho geral do IPV, vice-presidente da Assembleia Municipal de Viseu pelo PSD, membro da Assembleia Geral da CIM Viseu Dão Lafões, presidente da Assembleia Geral da AIRV, presidente do CERV, Conselho Empresarial da Região de Viseu e etc.
Talvez nada de reprovável haja neste “negócio”, mas a ética não fica nele com a camisa muito engomada, pois esta rábula de negociar consigo próprio e/ou com empresas onde se detêm interesses pessoais/materiais, deixa pressupor/conjecturar as ligações que existem ou parecem existir onde, a bem da transparência — seja com ou sem legenda — elas nunca deveriam surgir.