Como uma rock star, Matteo Salvini, líder da Liga Norte, da extrema-direita fascista italiana, ex-vice-primeiro ministro e ministro do interior em 2018 e 2019, conhecido entre outras “virtudes” pela sua radical xenofobia, veio dar uma mão ao “irmão” Ventura. Esse, e uns fulanos de uma rica “igreja”… a Maná, creio eu.
(Foto DR)
Muito bem. Os amigos são para as ocasiões e, de facto, o Chega, de congresso em congresso (o próximo será em Junho ou Julho?), ciente de que a CS lhe concede holofotes plenos por cada fim de semana em que reúne as hostes para debater o “milagre” que este partido representa, na óptica e palavras do seu líder, convidou quem pôde, ciente de que é fundamental ter estes “alavancadores” a dar suporte, eco e cunho de internacionalismo ao estriduloso “meeting”.
Também ausentes no encerramento, estiveram os representantes do PSD, doridos da zurzidela que levaram no sábado e da IL, por motivos não informados. Felizmente que o “Chicão” do CDS apareceu, talvez esperançado em obter uma mãozinha do colega Ventura… a troco de uma secretaria de Estado no novo governo a ser firmado pela tríade Chega, PSD, CDS.
Foi um bom fim de semana. Tivemos os ingleses no Porto e os “Cheganos” em Coimbra. A isto chama-se descentralizar. Os primeiros vieram ver jogar os seus “teams” e aproveitaram para renovar o vetusto mobiliário urbano da cidade, assim como para esvaziar uns milhares de barris de cerveja que se estava a “estragar”. Os segundos vieram, “de novo novamente”, ao panegírico do chefe, que e segundo o seu eventual calendário de estratégia política, dele carece, no mínimo trimestralmente. Ainda assim, a direcção de Ventura, se não conseguiu o invejado unanimismo norte coreano de King Jong-un, foi reeleita com 79% de votos. Nada mau.
Entretanto, a direcção do PSD emitiu um comunicado onde refere, acerca deste congresso:
“Há limites que a decência e o bom senso não permitem que possam ser ultrapassados, quer na forma, quer no conteúdo das alocuções” e “esses limites, tal como é seu timbre, foram, mais uma vez, ignorados pelo líder do Chega”.
Mas, aliás, já do líder do PS, António Costa, dias antes, se tinha também queixado:
“Se dissesse muito, caía num patamar idêntico ao dele, e não quero. A entrevista não teve o nível que deve ter para um primeiro-ministro. Os insultos quase que ele me fez não interessam para o futuro do país, mas tiro conclusões. Acho que, infelizmente, todos tiramos a conclusão de que o doutor António Costa e este Governo não quer fazer reforma nenhuma” em resposta à inamistosa tirada de Costa “Um cata-vento tem uma grande vantagem sobre o dr. Rui Rio: é que um cata-vento ao menos tem pontos cardeais, o dr. Rui Rio não tem.”