O ser humano tem uma incrível capacidade de enfrentar o novo, a adversidade, a calamidade.
Passado que foi o tempo da surpresa e do choque, o tempo que apanhou a todos desprevenidos, célere o ser humano interiorizou todas os condicionalismos e as regras que determinarão, por tempo indeterminado, a sua vivência e, com tanto esforço como denodo, alterou as suas rotinas, os seus hábitos, o seu comportamento social, cimentado em séculos de inalterabilidade.
A pandemia, que no início mais parecia um filme de ficção científica, impôs a sua severidade, a sua crueldade e com elas ditou as novas regras.
Se hoje é ainda prematuro cantar vitória, há que realçar a cidadania revelada pela maioria ou por quase todos e a consciencialização por eles interiorizada de todos os riscos imanentes e ainda patentes..
Se destas atitudes excepcionais e responsáveis houve inconscientes desvios e transgressões, eles são isso mesmo, excepções de alguns, poucos, face ao acatamento colectivo. Sim, pois hoje o colectivo pode ser “atacado” por um único sujeito que, por motivos alheios ao bom senso e ao bem comum, norteado por um qualquer cego egoísmo ou espírito transgressor, a integridade de todos põe em causa.
Chegámos até aqui. Ignoramos o futuro próximo. Urge ser paciente e levar a cruz ao Calvário. Por todos nós e pelos melhores tempos que decerto virão.