No rescaldo deste campeonato do mundo de futebol, com muita emoção desportiva à mistura, numa épica final entre a Argentina e a França e com graves escândalos de corrupção colaterais, aproximamo-nos do Natal e do fim deste 2022, que continua lamentavelmente a pontificar, desde o dia 24 de Fevereiro, com a invasão da Ucrânia pelas tropas russas e com as consequências daí advenientes para todo o mundo. Esta é, de facto, a triste e grande notícia do ano.
Sem fim à vista, com o rigoroso inverno a martirizar o povo ucraniano, privado de electricidade, aquecimento e de água nas maiores cidades do país, fruto dos ataques cirúrgicos a essas infraestruturas essenciais, a Rússia pune os civis, perante a impossibilidade de derrotar os militares, naquilo que seria uma guerra com regras, seja lá o que isso for…
A diabolização do SNS é um excelente serviço prestado aos grupos privados, que silenciosa e paulatinamente vão crescendo à sombra destas guerrilhas.
Na Educação, os professores saíram à rua em protestos, aos quais a titubeante tutela, numa inabilidade despiciente, não consegue dar clara resposta, perante a agressividade sindical. Veja-se o caso da municipalização do Ensino…
Todas as classes merecem se tratadas com respeito, mas a classe docente, menosprezada, ignorada e desprezada, está a atingir o seu ponto de saturação e explosão, processo ao qual não foi primicialmente alheia a ministra de má memória, Maria de Lurdes Rodrigues. Desde essa tutela, a situação dos professores tem-se vindo a degradar de forma acelerada, provocando o descrédito da classe, a desmotivação e o seu abandono, cada vez havendo menos jovens a querer enveredar pela carreira.
País que não aposta na Educação é um país a termo, centrado na gradual analfabetização de um povo, com custos inquantificáveis, para muitas gerações e para o país.
(Foto DR)