O cansaço/saturação do envolvimento da família Ginestal na política local provou-se no passado sábado pelas 20h00 quando, de entre os 459 militantes que se apresentaram às urnas, o resultado final determinou 230 votos para a Lista B, de Lúcia Silva e 229 para a Lista A de Gonçalo Ginestal.
Por um voto se ganha, por um voto se perde… Aqui se provou.
Porém, a estratégia estava aparentemente bem montada pela ainda vigente presidente da concelhia, Adelaide Modesto, apoiante da Lista A.
Subtilmente, uma só mesa de voto e maioritariamente afecta a Ginestal, com Fernando Bexiga e Adelaide Modesto, quando podiam existir 2 mesas, com representação equitativa das duas listas, até e para evitar as longas filas de espera para votar, com casos em que militantes estiveram na “bicha” mais de 40 minutos para exercer o seu direito cívico.
Mas também, se estatutariamente o mínimo temporal de “mesa aberta” é de 4 horas e se esteve 5 horas disponível, poderia e deveria estar 8 horas, por forma a permitir mais tempo à vinda dos militantes das freguesias que, não morando propriamente em Viseu, teriam facilitado o sru direito. Mas… como nas freguesias existirá um maior número de possíveis votantes afectos à Lista B, criar-lhes um “soft” constrangimento poderia não ser desinteressante.
Na contagem dos votos, com muito fair-play, houve consenso. Mas… aquela aborrecida conjunção adversativa…, no final e perante a vitória de Lúcia Silva por 1 magrinho mas poderoso voto, com fervor se foi à recontagem.
E aí, 1 voto onde o X tinha uma “perna de fora”, favorável a Lúcia Silva e inicialmente aceite por Adelaide Modesto é impugnado pela ainda presidente da concelhia.
Por sua vez, um voto descentralizado e “com uma bola por cima”, afecto a Gonçalo Ginestal, foi também anulado.
No cômputo final, menos um em ambas as facções, em nada alterou a vitória e a derrota já definidas. Sem mais pretextos e margem para dúvidas, os impugnantes não adregaram a uma vitória de “secretaria”.
Esta derrota de Gonçalo Ginestal tem uma direcção política, a do “homem invisível”, o mano Miguel, a do incondicional apoiante, João Paulo Rebelo, actual secretário de Estado “confortável” do desporto e da juventude e da ex-presidente da concelhia, Adelaide Modesto. Mas também a derrota de duas famílias que já “saturam” pelo seu sentido de oportunidade no PS Viseu: Ginestais & Rebelos.
Talvez Lúcia Silva tenha agora a força e manifeste a vontade de começar a lixiviar a “coisa”… ou não, perpetuando tréguas e insistindo numa “paz podre”, para dar tempo ao reorganizar das fileiras e a uma próxima ofensiva.
Eles andam por aí…
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