Toda a vida humana, toda, tem um valor incalculável. Este é o básico ponto de partida com o qual a maioria das pessoas concorda.
As televisões consagram horas ao imergível (ou mini submarino) Titan desaparecido numa viagem de mergulho aos restos do Titanic, naufragado a 15 de abril de 1912, no oceano Atlântico Norte, 600 quilómetros a sudeste da costa da Terra Nova, no Canadá, jazendo a 3.800 metros de profundidade e cujos destroços foram descobertos em 1985.
A curiosidade humana é ilimitada. O que, no domínio da investigação se traduz em evolutivos e gigantescos passos para diante. Também há outra curiosidade, pelo mórbido, pelo tétrico, como neste caso do Titanic, um cemitério submerso com 1500 vítimas mortais do total de 2200 passageiros e tripulantes.
Os Titãs eram os seis filhos varões de Úrano e Geia. Deram uma geração notável como o Oceano, o Céu, Crono, etc. O seu nome é hoje sinónimo de força absoluta e de poder total, de gigantesco.
Por isso ser o seu nome tão requestado…
O dinheiro é deles e dele farão o que bem entenderem. Acresce que assinaram um termo prévio de responsabilidade que os informava de todas as possíveis contingências desta longa imersão.
Estão desaparecidos há dias e o oxigénio disponível está prestes a terminar, assim como a situação de hipotermia lhes pode ser fatal.
Todos esperamos que se salvem e saiam desta invulgar empresa com saúde para contarem ao mundo, aos filhos e aos netos a experiência vivida.
Cidadãos que pagaram provavelmente tudo quanto tinham, mil, dois mil euros para alcançar uma vida melh0r e para fugir à miséria, à fome e à guerra. O que eles pagaram por isso, proporcionalmente aos 250 mil euros pagos pelos milionários do Titan, será uma quantia desmesuradamente maior. Não a esportularam por curiosidade, tédio ou busca do insólito. Pagaram-na para morrer…