Do sem-abrigo despejado ao vereador “Vai fazer”

   Este país tem bizarrias que se não fossem quase trágicas pareceriam pantominas de mau gosto… Um trabalhador da construção civil, desempregado e sem-abrigo, a viver debaixo de uma ponte desde Maio, em Lanheses, Viana do Castelo, vai ser desalojado ou despejado pela GNR a mando de não se sabe bem quem. Desalojar ou despejar […]

  • 12:25 | Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016
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Este país tem bizarrias que se não fossem quase trágicas pareceriam pantominas de mau gosto…
Um trabalhador da construção civil, desempregado e sem-abrigo, a viver debaixo de uma ponte desde Maio, em Lanheses, Viana do Castelo, vai ser desalojado ou despejado pela GNR a mando de não se sabe bem quem.
Desalojar ou despejar são verbos de acção muito irónicos… Lá vai ter o infeliz cidadão que deixar a sua suite imperial e ir em busca de outra ponte que, ao menos, o acoite da chuva que do céu inclemente cai, já que do frio, as caixas de cartão não serão grande aconchego.
O fabiano que exarou a notificação — não imagino quem seja, autarca ou proprietário do terreno, está de parabéns.
O país também deve ter orgulho nos milhares de sem-abrigo que gerou nestes últimos quatro anos.
Ler aqui:
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspxDistrito=Viana+do+Castelo
&Concelho=Viana+do+Castelo&Option=Interior&content_id=4984069
 
O PCP em Viseu é um partido atento. Exactamente ao invés dos convenientemente “distraídos” PS, CDS, PSD… Por isso, ainda agora e conforme noticiámos em “Última Hora”, colocou uma questão ao recém-eleito ministro da Saúde acerca da unidade de oncologia e quimioterapia da unidade hospitalar Tondela-Viseu.
Mas faz mais e pela boca da atentíssima Filomena Pires que é um exemplo de empenhamento, de luta e de coragem perante muito frouxo de calças que por aí se pavoneia… questiona o autarca de Viseu, Almeida Henriques acerca do seu envolvimento com grupos de saúde privada, questão que até ao presente não recebeu de resposta mais do que uns balbúcios atarantados e irados.
 
Com o mau tempo tenho andado a adiar o meu passeio de avioneta entre Viseu e o autódromo de Tires.
Mas há mais dois motivos. O primeiro deve-se a ainda não ter feito o rigoroso levantamento dos monumentos e demais sítios de interesse turístico a visitar em Tires. O segundo prende-se com a sábia sensatez de aguardar que a gigantesca e natural onda de viajantes acalme o seu ímpeto curioso e pioneiro, para não ter que aguardar longas horas na fila para venda ao balcão dos respectivos bilhetes.
Já me basta nas Finanças…
 
A CMV vai fazer… Claro, o “vai fazer” é um dos seus slogans preferidos. Vai fazer um bar/café/esplanada chiquérrimo na radial de Santiago, uma vez que o existente não conseguiu abrir por ter ficado deserto o concurso de concessão.
Aproveitamos o ensejo para lembrar ao vereador do respectivo pelouro — o tal que quer que nós acreditemos, em vão, que é um autarca indiligente — que o slide central do parque, tão outrora usado pelas crianças, continua desde 2014 inoperante por falta de uma tábua de assento dos utentes, que não deve custar 20€, quantia que o Rua Direita até já se ofereceu para doar ao referido pelouro, para conseguir suportar e fazer face à despesa em epígrafe. Também deve ser o senhor vereador “Vai fazer…” !
Talvez o mesmo ou colega do outro que “colecciona” como ex-libris da cidade cada vez mais veículos abandonados na via pública, esse excelente cartão-de-visita, orgulho do “Viver Viseu” que a miopia da Deco não vislumbra…

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