…e terá toda a razão, pois comunicar, etimologicamente, é tornar comum, partilhar e o edil tem uma ânsia imoderada de falar, através dos meios de CS que acorrem aos chamamentos, sobre os seus desideratos, sobre a “limusina” que vai comprar, sobre as 5 horas tranquilas que dorme por noite, sobre o seu sonho de ter uma “smart city”, de Boa Aldeia a Côta, sobre o estado miserável a que a “geringonça” conduziu a nação, sobre as centenas de empregos superiormente qualificados que já criou, sobre a música que leva à ONU, sobre as revigorantes obras no centro histórico local, sobre os baldios que é preciso retirar ao povo, sobre como salvou os viseenses de padecerem sede à custa de quilómetros de camiões-cisterna, sobre como atraiu centenas de milhares de turistas que entopem, noite e dia, as ruas da urbe e o comércio local, sobre os fundos que não chegam às mãos enclavinhadas dos decisores locais, sobre a Viseu Marca que faz importantes negócios com notáveis parceiros , sobre o aeroporto internacional da Muna, preparado para receber meio mundo e o outro, sobre o mercado 2 de Maio que está quase, quase, quase, sobre os 3 grandiosos parques de estacionamento subterrâneo concessionados ou a concessionar a um consórcio espanhol por milhões de euros, SABA, SA — que já explora o Parque Saba Santa Cristina, o Parque Saba Hospital Velho, o Parque Saba Mercado 21 de Agosto –, sobre a revitalização do comércio que nunca esteve tão próspero – pelo menos ao nível do tinto & branco –, sobre as Águas de Viseu que ficariam tão bem privatizadas, sobre um nunca mais acabar de magníficas realizações jamais vistas a outras concretizadas, que vão desde a Confraria dos Infantes do Dão (de pequenino é que se apreciaria o vinho), à pintura mural de quintas vínicas, para as tornar mais atractivas e apelativas.
Todavia, o excesso de zelo comunicacional tem um reverso, se bem que mínimo. Deixa gravado para a posteridade (curta nestes tempos de efémera memória) o que se disse ontem e o que se diz hoje, acerca de análogo assunto.
Aqui fica esta bivalência discursiva para o leitor perceber a coerência oportuna das retóricas…
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22 de Junho de 2018 Madremédia/Lusa
Viseu nunca desenvolveu qualquer projeto com o Turismo do Porto e Norte de Portugal, apenas “há um contrato que foi aprovado por unanimidade, em outubro de 2016, que previa uma contrapartida de 9.800 euros na Câmara de Viseu na criação de uma loja interativa, que nunca chegou a acontecer”.
“Portanto, nem existe nenhuma obra que tenha sido feita entre a Câmara de Viseu e o Turismo do Porto e Norte de Portugal”, realçou |AH|.
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E isto a propósito de uma “inocente” pergunta de um deputado, na Assembleia Municipal, sobre a presença da PJ na Câmara de Viseu, numa acção inserida em investigações levadas a cabo pela PGDP e DIAP, que lançaram de repente no terreno, em locais diferentes, de surpresa, à mesma hora, 150 inspectores judiciais, naquilo que se pode considerar uma mega-operação policial.
E (re) citamos a mesma fonte:
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Numa nota publicada na sua página oficial, a PGDP explica que, no âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público do departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) distrital do Porto, na quarta-feira foram realizadas 16 buscas domiciliárias, 16 buscas a veículos automóveis e 34 buscas não domiciliárias, incluindo as instalações de “entidade ligada ao turismo”, uma Câmara Municipal e as sociedades anónimas desportivas (SAD) do Sporting Clube de Braga e do Vitória Sport Clube.
Segundo a PGDP, as buscas decorreram nas comarcas de Porto, Viana do Castelo, Viseu, Braga, Bragança, Lisboa e Faro.
No inquérito, investigam-se factos suscetíveis de integrarem os crimes de tráfico de influência, abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção passiva e corrupção ativa de titular de cargo público, e recebimento indevido de vantagem de titular de cargo público.
Fraude e desvio na obtenção de subsídio, participação económica em negócio de titular de cargo político, abuso de poderes de titular de cargo político, prevaricação de titular de cargo político, peculato de titular de cargo político e falsificação de documento são outros crimes em investigação.
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Lusa
28 de Outubro de 2016
“O senhor presidente da Câmara Municipal de Viseu tem uma visão estratégica assertiva na promoção e no desenvolvimento turístico para o seu concelho. Atendendo aos excelentes resultados que temos obtido no Porto e Norte de Portugal, à infra-estrutura de sucesso que é o Aeroporto Francisco Sá Carneiro que trouxe mais de sete milhões de passageiros à região, à proximidade do Douro à cidade de Viseu, as excelentes acessibilidades de proximidade com o Porto e o Norte, é natural esta decisão e entendi esta vontade e este desejo sufragado pelo executivo municipal”, disse à Lusa Melchior Moreira.
O município de Viseu aprovou esta quinta-feira um protocolo, por unanimidade, na reunião do executivo que visa passar a integrar a rede do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). O distrito de Viseu passa assim a integrar a plataforma de promoção turística do TPNP, assim como o “Porto e Norte passará a estar também em Viseu, cidade milenar onde o património, a natureza e a gastronomia e os vinhos são produtos fortes de promoção turística“, acrescentou o presidente da TPNP.
Segundo o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, “grande parte do crescimento” que tem sido verificado actualmente em Viseu, ao nível do turismo, deve-se a “turistas que vêm do Norte, do Aeroporto Francisco Sá Carneiro”.
Viseu vai ser o primeiro município do País a pertencer a duas entidades regionais de turismo diferentes, uma situação que é legal, explica o autarca, salvaguardando, todavia, que integrar a rede da TPNP, não significa que deixem de “participar e colaborar com o Turismo Centro de Portugal, haverá aqui uma lógica complementar”, informou o autarca. “Os nossos turistas entram pelo (aeroporto) Francisco Sá Carneiro. Seria um desperdício que não entrássemos nesta dinâmica do Norte, para Viseu também ser promovido ao mesmo tempo de Braga e Guimarães“, explicou.
Almeida Henriques lembrou que, por outro lado, há destinos, como o Porto, que “começam a estar sobrecarregados”. “A existência de cidades alternativas vai ser cada vez mais uma realidade. Não faria sentido que nós não estivéssemos nesta dinâmica do Norte, se é por lá que estão a entrar oito milhões de pessoas por ano”, sublinhou.
Eleito em 2013, Almeida Henriques tem lamentado que o Turismo Centro de Portugal não se envolva mais na promoção de Viseu enquanto destino, sobretudo no que respeita aos eventos relacionados com o vinho do Dão. “O nosso capital de queixa é na falta de apoio. Achamos que o Turismo de Centro não tem dado a atenção devida ao destino Viseu“, afirmou, reconhecendo que o município vai continuar a dialogar com o Turismo Centro de Portugal na expectativa de que algumas das suas pretensões mereçam acolhimento, como, por exemplo, os eventos do vinho do Dão, a Feira de S. Mateus.
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Tenha um bom fim de semana. Está aí o calor por mais uns dias…